A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que há 04 novos casos suspeitos de varíola monkeypox em Três Lagoas e, além desses, outros 03 casos que já estavam em investigação pelo Setor de Vigilância Epidemiológica (VIGEP), confirmaram positivo em teste de laboratório. Com isso, a cidade contabiliza 04 positivos da doença.
Os 4 novos casos SUSPEITOS se trata de 02 homens de faixa etária entre 30 e 39 anos, outro de 20 a 29 anos e 01 uma criança (feminino) de 00 a 09 anos, todos sem histórico de viagem ou contato com casos positivos ou suspeitos para a doença.
Os 03 novos CONFIRMADOS, que são pacientes que já tinham seus casos em investigação pelo setor, são todos do sexo feminino, sendo uma com faixa etária entre 20 e 29 anos, outra entre 40 e 49 anos e outra de 10 a 19 anos, todas sem histórico de viagem ou contato com casos positivos ou suspeitos para a doença.
Desse modo, Três Lagoas registra 17 casos notificados, sendo: 1 exportado para município/estado, 8 descartados, 4 positivos e 4 aguardando resultado de exames que são realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do Estado de Mato Grosso do Sul.
SOBRE A DOENÇA
A Monkeypox é uma doença causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae. Embora seja conhecido por causar a “varíola de macacos” ou “varíola símia”, é um VÍRUS QUE INFECTA ROEDORES NA ÁFRICA. Porém, os MACACOS são, provavelmente, HOSPEDEIROS ACIDENTAIS, ASSIM COMO O SER HUMANO.
Além disso, devido a um momento que ocorreu casos isolados em macacos na natureza, o NOME FOI CUNHADO ERRONEAMENTE. A identificação pela primeira vez nessas condições ocorreu em 1958 em um surto da doença em macacos de cativeiro usados em pesquisa. Em 1970, o primeiro surto em humanos foi relatado na África.
VACINA
A vacinação contra a varíola, então usada rotineiramente na época, protege contra a infecção por Monkeypox virus. Porém, o número e amplitude dos surtos começaram a subir com a suspensão da vacinação antivariólica mundialmente no início da década de 1980.
O número de pessoas suscetíveis, desde então, certamente aumenta a cada ano. Contudo, até maio de 2022, todos os surtos estavam restritos ao continente Africano com a exportação eventual de casos para outros países por viajantes infectados, com taxa de transmissão secundária bem baixa.
PRECAUÇÕES E ORIENTAÇÕES
O vírus é transmitido pelo contato físico (sexual ou não), gotículas de saliva direta entre indivíduos ou sobre superfícies, bem como pelo ar e, por isso, as orientações de prevenção são basicamente as mesmas das adotadas contra a covid-19, ou seja, uso de máscaras de proteção facial (no mínimo cirúrgicas de camada tripla), higienizar as mãos, superfícies e objetos de uso comum com álcool em gel 70%.
Além disso, o Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que as pessoas evitem terem diversos parceiros sexuais, algo que amplia as possibilidades de transmissão e contágio pela doença.
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Outra orientação importante é que, a pessoa que for suspeita ou positiva deve manter isolamento total, inclusive dos animais de estimação, pois esses também podem contrair o vírus e transmitir para outras pessoas que virem a ter contato com ele. Por isso, é recomendado que outras pessoas evitem contato direto (sem proteções) com animais da pessoa suspeita ou positiva.
O tempo médio de isolamento recomendado para uma pessoa positiva para a doença, até o momento, é variável, podendo ser 2 a 4 semanas em média, pois vai depender do quadro de remissão (diminuição e desaparecimento) dos sintomas.
ONDE BUSCAR ATENDIMENTO?
A orientação atual é que caso alguém apresente os sintomas característicos da doença, procure atendimento em uma Unidade de Saúde (VEJA LISTA AQUI) de segunda à sexta-feira das 7h às 17h ou nas Unidade de Saúde na Hora das 7h às 19h e, aos finais de semana, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA24h).
São Unidades de Saúde na Hora: Santo André, Atenas, Santa Rita, Vila Haro, Paranapungá, Jardim Maristela, Vila Piloto, Interlagos, São Carlos e Vila Nova.
QUAIS OS SINTOMAS COMUNS?
De acordo com artigo recente publicado no periódico British Medical Journal, que levou em consideração o acompanhamento de 197 pacientes que testaram positivo para o vírus na cidade de Londres, no Reino Unido, todos os participantes tiveram lesões na pele ou na mucosa (na parede interna da boca ou do ânus, por exemplo).
Além disso, em 56% dos casos essas feridas apareceram nos genitais e em 41% elas foram observadas no ânus, 61% dos pacientes tiveram febre, 57% apresentaram inchaço dos gânglios linfáticos, 31% se queixaram de dor muscular e 13% tiveram apenas as lesões, sem febre ou outros sintomas.
Outros sintomas comuns foram dor no reto (acometeu 36% dos participantes), dor de garganta (16%) e inchaço ou vermelhidão no pênis (15%).