A Prefeitura de Três Lagoas, por meio do Programa Municipal de Controle da Tuberculose (PMTC), ligado à Secretaria Municipal de Saúde, lembra que, na segunda-feira (24) é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose.
A data foi oficialmente instituída em 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para que, em todos os Países se renove a consciência da necessidade de intensificar ações específicas de educação, orientação e prevenção dessa doença.
“Apesar do declínio da doença no Mundo, foram registrados no Brasil, em 2013, aproximadamente 70 mil casos novos e mais de 4 mil óbitos, configurando sério problema de Saúde Pública”, informou o coordenador do PMTC da Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas, fisioterapeuta Antônio Carlos Modesto.
“A meta da OMS é que até 2015 consigamos reduzir pela metade o número de casos e mortes causadas pela Tuberculose, considerando os registros de 1990 e que, até 2050, possamos erradicar a doença”, comentou.
ESTADO
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, informados pelo fisioterapeuta, em 2013 foram notificados 1.158 casos de Tuberculose, dos quais, 945 foram admitidos como casos novos (nunca antes tratados), 82 eram casos tratados anteriormente com recidiva da doença, 64 iniciaram tratamento, abandonaram e retornaram para tratamento em 2013 e 67 casos vieram transferidos de outras localidades.
A taxa de incidência no Estado foi de 36,5/100 mil habitantes, com variações de ausência de casos até a taxa acima de 100/100 mil habitantes, destacando municípios no sul do Estado (Coronel Sapucaia, Amambai, Juti) e Figueirão, no norte do Estado.
TRES LAGOAS
Modesto informou que, no município de Três Lagoas, “em 2013 foram notificados 40 casos novos de Tuberculose, dos quais, 30 casos foram da forma clínica Pulmonar e 10 das formas Extra-pulmonares, totalizando uma incidência de 36,5/100 mil habitantes (incidência média da doença). Dois casos novos tinham a co-infecção Tb/HIV”, explicou.
“Dos 40 casos novos, 31 foram do sexo masculino e 9 do feminino e a faixa etária mais atingida foi a dos 30-44 anos, com 16 casos detectados nesta faixa etária”, especificou o coordenados do PMCT.
Segundo Modesto, considerando uma série histórica de 1999 até 2013, o ano com maior incidência da doença em Três Lagoas, foi o ano de 2005, com 57 casos/100 mil habitantes. De 2005 até 2010, observa-se uma queda na incidência, atingindo em 2010 a incidência de 23,5/100 mil habitantes. “Porém, de 2011 para cá, a incidência desse agravo voltou a subir, passando para 24,5/100 mil em 2011, 33/100 mil em 2012 e 36,5/100 mil em 2013”, alertou o fisioterapeuta.
Para ele, existem vários fatores que explicam a subida do número de casos de tuberculose, no Município, entre eles, “o aumento populacional, saindo da casa de 89 mil habitantes em 2008 para cerca de 110 mil habitantes em 2013; a imigração de trabalhadores e trabalhadoras oriundos de diversos Estados endêmicos em Tb, especialmente do NE do Brasil; a facilidade de acesso aos serviços de Saúde; a descentralização do Programa Municipal de Controle de Tuberculose e a massificação de informações em Tb de forma continuada, podem explicar o aumento desse indicador nos últimos três anos”, explicou.
PRIORIDADE
O panorama demonstrado acima demonstra que devemos continuar encarando o agravo Tuberculose como uma prioridade em Saúde Pública, enveredando todos os esforços possíveis para a detecção precoce de casos novos de Tuberculose, propor o tratamento adequado, promover o acompanhamento regular através das equipes de Estratégia Saúde da Família, especialmente com o acompanhamento da tomada diária da medicação supervisionada pelos Agentes Comunitários de Saúde – ACS, além de continuar como processo de capacitação profissional e descentralização das ações e serviços em Tuberculose no Município.
Lembrando sempre que “Tosse por mais de 15 dias, pode ser Tuberculose” e que a realização do exame de escarro e o RX de tórax, são exames simples, acessíveis e disponíveis na Rede Pública de Saúde que colaboram para a detecção precoce dos casos.
“A informação correta, continua sendo o melhor remédio”, completou Modesto.
Assessoria de Comunicação