O grupo municipal de circo e teatro Libertarte apresentará, às 11h, na Praça Senador Ramez Tebet, a peça Crispim, o Pescador.
A peça, que retrata a história de um pescador que mata a mãe e se transforma em ser aquático horrendo, foi adaptada pelo diretor Paulo Sanches para as características regionais.
A adaptação se deu para que a peça ficasse mais próxima da nossa realidade, abordando a vida dos ribeirinhos, sobretudo da região do Jupiá. Aqui, a criatura usada é o Nego D´água, figura conhecida do folclore local, explicou.
A apresentação de peças comemorativas ao Dia do Circo e Teatro será simultânea em todas as cidades do Estado que possuam grupos teatrais. A iniciativa é da Fundação de Cultura de MS, que propôs a comemoração.
O grupo Libertarte é vinculado à Secretaria Municipal de Educação e Cultura. É composto por 10 atores, sendo um deles indicado, por aclamação popular, como melhor ator de rua do Estado, durante apresentação da peça Crispim, o Pescador no Festival Sulmatogrossense de Teatro, realizado em Corumbá.
Dia do Circo e do Teatro
O Dia do Circo e do Teatro é comemorado no dia 27 de março em homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.
Considerado por todos que o assistiram como um grande palhaço, destacava-se pela enorme criatividade cômica e pela habilidade como ginasta e equilibrista. Seus contemporâneos diziam que ele era o pai de todos os que, de cara pintada e colarinho alto, sabiam fazer o povo rir.
Lenda do Cabeça de Cuia Crispim, o pescador
Era uma vez um pescador chamado CRISPIM, que certo dia ao voltar de uma infrutífera pescaria, cansado ao adentrar em seu casebre resmungou:
– Quero comer!
– Pronto filho! Só temos pirão e este corredor de boi.
E colocou a tigela de pirão com o corredor em uma improvisada mesinha.
– Esta porcaria?
Irritou-se e arrebatou com o corredor na mão agredindo violentamente sua pobre mãe, que cai por terra agonizando:
– Filho ingrato, eu te amaldiçôo: não terás o descanso eterno enquanto não devorares sete Marias virgens. Vagarás como morto vivo!
Mas, pelo encanto ele não morre, transforma-se num ser horrendo, aquático. Sua aparência, deformada, cabeça grande, corpo esquelético o fez conhecer-se cabeça de cuia.
Daí por diante, sempre dizem que aparece nas cheias, virando canoas, assustando lavadeiras em sua busca frenética pelo descanso eterno, com a tentativa de cumprir a sina de devorar sete Marias virgens.
Assessoria de Comunicação