A Secretaria de Agronegócios e Pecuária, representada pelos agrônomos Celso Yamaguti e Expedito Julio de Souza, visitou os pequenos proprietários do Pontal do Faia que neste ano participaram do projeto de sericicultura apoiado pelo Governo Federal.
O projeto foi criado em 2005, mas a aprovação pelo Ministério de Ciências e Tecnologia (MCT) saiu somente em 2006, quando tiveram início a construção de alguns barracões.
De acordo com o agrônomo Celso Yamaguti, nesse ano, o plantio das amoreiras estava previsto para o mês de março, mas como houve um longo tempo de estiagem, os proprietários começaram o trabalho em maio. O início da criação do bicho da seda, que também estava previsto para outubro, não acontecerá na maior parte das propriedades.
Devido o período de seca, 65 % das plantações de amoreira não brotaram, por isso não teve condição de criar o bicho da seda, afirmou Yamaguti.
Vamos ter que plantar novamente, e com isso temos que colocar mais mão de obra. O que poderia lucrar esse ano, vamos ter que fazer tudo de novo para o ano que vem, e rezar pra que as chuvas colaborem, declarou Debrair Queiroz de Paula, morador e agricultor do Pontal do Faia.
Segundo o agricultor, além da seca ter prejudicado a agricultura na região, a pecuária também teve vários danos. Tenho vacas leiteiras, algumas que produziam 70 litros de leite por dia, com a seca está produzindo 25 litros diários, declarou.
Um dos pontos preocupantes na agricultura local, é a contratação de mão de obra não qualificada pelas industrias que estão chegando na cidade.
Segundo Celso Yamaguti, os jovens que trabalhavam no campo estão saindo de suas lavouras para trabalhar nas empresas de Três Lagoas. Esses jovens deixam suas terras por conta de seus pais e vão para a cidade trabalhar como empregados das indústrias, disse.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO