‘Com o tema Amamentação em todos os momentos. Mais saúde, carinho e proteção o Ministério da Saúde celebra de 1º a 7 de agosto a Semana Mundial de Amamentação. O evento é uma mobilização que ocorre anualmente para promoção e divulgação do aleitamento materno. Idealizada pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno e apoiada pela Unicef, a Semana é comemorada desde 1992 em 150 países.
No Brasil, o evento é coordenado pelo Ministério da Saúde, desde 1999. Até o ano de 1998, a Semana foi coordenada pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno.
Além de divulgar as vantagens e a importância da amamentação, a campanha deste ano visa estimular o aleitamento materno nas situações de emergência e calamidades, como enchentes, secas e outras catástrofes naturais, quando o risco de interrupção da amamentação aumenta e a situação precária durante as catástrofes favorece o aparecimento de doenças infecciosas, entre outros problemas.
Três Lagoas
Na cidade, a campanha conta com a participação de todos os profissionais da Saúde que promovem ações nas Unidades Básicas de Saúde e clínicas, envolvendo a comunidade de sua região. Conforme a coordenadora da Clínica da Mulher, Elaine Cristina Ferrari Furio, durante toda a semana os profissionais também realizam visitas em Centros de Educação Infantil e escolas para levar informações referentes à importância do aleitamento materno. É preciso sensibilizar as pessoas e resgatar este ato tão humano e de extremo amor entre mãe e filho, ressaltou Elaine.
A coordenadora ainda destacou como ponto alto da campanha deste ano a colocação de 12 peças de outdoors espalhados por toda a cidade, com imagens de funcionários da municipalidade mostrando que já amamentaram e apóiam este ato.
Levantamento
Um levantamento do Ministério da Saúde feito em todas as capitais e Distrito Federal e em outros 239 municípios e que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças mostra que o tempo médio do período de Aleitamento Materno (AM) no país aumentou um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008, nas capitais e Distrito Federal. O estudo também revelou um aumento do índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de quatro meses. Em 1999, era de 35%, passando para 52% em 2008. Outro resultado importante está relacionado com o aumento, em média, de um mês na duração do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) nas capitais e Distrito Federal. Em 1999, a duração do AME era de 24 dias e, em 2008, passou a ser de 54 dias ou seja, mais que dobrou.
Esses e outros dados estão na II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e DF (PPAM), divulgada nesta segunda-feira (3) durante a Semana Mundial de Amamentação. Entende-se por Aleitamento Materno (AM): a criança recebe leite materno e quaisquer outros líquidos ou alimentos e por Aleitamento Materno Exclusivo (AME) a criança recebe somente leite materno, sem quaisquer outros líquidos ou alimentos, exceto medicamentos.
Na década de 1970, as taxas de mortalidade foram altas no país, muito em função do pequeno período de aleitamento materno 2,5 meses em média. Entretanto, nos últimos anos, a conscientização dos profissionais e as estratégias de governo têm mudado esse cenário. Essa melhora pode ser atribuída a inúmeros fatores, dentre eles: às campanhas governamentais de incentivo ao aleitamento materno nos três níveis (federal, estadual e municipal)
à promoção de cursos (aconselhamento e de manejo clínico da amamentação, entre outros)