A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da diretoria de Vigilância e Saneamento, há mais de um mês suspendeu a borrifação de inseticida próprio contra o mosquito da dengue, por meio de bombas leco motorizadas, conhecidas como “fumacê”.
Essa modalidade específica de combate ao mosquito Aedes Aegypti transmissor da dengue se fez necessária, na maioria dos bairros de Três Lagoas e no Centro, principalmente em março e abril, para conter o avanço dos números de casos notificados da doença.
A borrifação como forma de bloqueio à infestação do Aedes Aegypti “é a última das medidas que tomamos para conter o número de casos de dengue, apesar das múltiplas ações de coleta e retirada dos criadouros e, principalmente, a de conscientização e educação de nossa população”, observou a diretora de Vigilância e Saneamento, Neide Hiroko Yuki.
RELATÓRIOS
Em março, conforme consta nos relatórios do Departamento de Vigilância e Saneamento, da Secretaria Municipal de Saúde, Três Lagoas registrou 2.181 novos casos notificados de dengue, quando em fevereiro, o número de casos suspeitos foi de 931.
Em abril, os números de casos notificados da doença continuaram altos (2.198) e a queda começou a ser notada em maio, quando houve uma redução de mais de 50% das notificações de dengue, ou seja, 1.001 novos casos.
Já em junho, o preocupante número de casos suspeitos de dengue caiu para 84 e, neste mês de julho, como consta no Boletim Epidemiológico da Dengue, divulgado na última terça-feira (23), o número de novos casos suspeitos teve considerável queda para 28 notificações.
Com a acentuada queda da temperatura e até provocação de fenômenos de inversões térmicas (sol durante grande parte do dia e nevoeiros à noite e pela manhã), a borrifação torna-se desnecessária e poderia ser prejudicial à saúde da população, afetada por problemas respiratórios, típicos do inverno.
“A redução do número de casos notificados de dengue não significa que podemos interromper nossa constante luta de combate ao mosquito. Cada morador deve continuar atento e retirar de seu quintal, da sua casa e de terrenos ou comércio tudo o que possa ser favorável à proliferação de mosquitos. Nossa luta não pode parar”, ressaltou Neide Yuki.
“Junto com a queda da temperatura, favorável à diminuição dos casos de dengue, não podemos esquecer que isso também é resultado do trabalho incansável das nossas equipes de Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate a Endemias, que realizam sério e dedicado trabalho nos Bairros, de casa em casa, junto às nossas famílias”, comentou a secretária de Saúde de Três Lagoas, Eliane Brilhante.
CRIADOUROS
A temperatura e a baixa umidade relativa do ar impedem a rápida proliferação de mosquitos, mas as larvas continuam vivas em todos os ambientes, objetos e utensílios onde foram depositadas pela fêmea do Aedes Aegypti, como explicou o coordenador de Educação em Saúde, Fernando Garcia Brito.
“A queda da temperatura é favorável à redução do número de casos notificados de dengue, mas, infelizmente, ainda constatamos a presença de inúmeros focos criadouros do mosquito Aedes Aegyti no interior de nossas casas, comércio, terrenos e quintais”, alertou.
Por essas razões, “vamos continuar nosso trabalho, por meio das nossas equipes de Agentes de Combate a Endemias, visitando as casas e orientando nossas famílias nas ações de combate à dengue”, informou o coordenador de Endemias, Benício Donizette da Silva.
Para ele, “os casos de dengue irão manter-se baixos e poderão até acabar, se todos estiverem envolvidos no mesmo compromisso, cada um na sua casa e no seu quintal, localizando e eliminando tudo o que possa transformar-se em criadouro de mosquitos”, completou Benício.
Assessoria de Comunicação