As palestras serão realizadas nos próximos dias 20 e 21 (sexta-feira e sábado) no auditório do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, a partir das 8h. As informações serão ministradas por Maurício Antonio Pompilho, Médico Infectologista, Mestre em Medicina Tropical.
Segundo Elenir Carvalho, diretora do depto. de Vigilância em Saúde foram convidados não só os médicos que atentem à rede pública de saúde, mas também os profissionais que realizam consultas particulares, totalizando assim, 80 profissionais de diversas especialidades. Aproximadamente 26 confirmaram presença.
A diretora explica que a intenção fazer com que os médicos estejam mais atentos aos sinais de alerta da doença, como febre e crescimento do fígado para facilitar o diagnóstico precoce da leishmaniose e, consequentemente, a eficácia do tratamento.
Atenção
Elenir salienta que a febre é um sintoma que pode indicar infecção ou gripe e por isso a leishmaniose pode passar despercebida. Os profissionais serão informados sobre os locais considerados de transmissão intensa, ou seja, que possuem mais casos da doença em humanos e animais infectados, diz a diretora. Desta maneira os médicos poderão ficar mais atentos aos sintomas de moradores de determinada região, complementa.
Transmissão Intensa
Os locais considerados de transmissão intensa são identificados a partir do cruzamento de informações como o número de casos diagnosticados em humanos e a quantidade de cães infectados. Elenir explica que, esta área compreende bairros como Santa Rita, Nossa Senhora Aparecida, Vila Carioca, Vila Piloto, Lapa, Centro, JK, Vila Zuque, Vila São João e Vila Alegre.
A região central de Três Lagoas é a grande surpresa da identificação da área, uma vez que o flebótomo (mosquito transmissor da leishmaniose) seria encontrado com maior facilidade na zona rural. Alguns moradores que mudaram da zona rural para a área urbana da cidade trouxeram consigo a cultura de criar animais no quintal, o que facilita o desenvolvimento e reprodução do mosquito transmissor, diz Elenir, uma vez que o flebótomo, conhecido também como mosquito-palha, circula em ambientes escuros e que possuam restos de alimentos em decomposição.
Assessoria de Comunicação