A Secretaria de Saúde apresentou nesta quinta-feira (8) a prestação de contas da Campanha de Inverno de Combate à Dengue, realizada de agosto a outubro.
A Campanha de Inverno contra a Dengue foi uma iniciativa da Secretaria de Saúde para controlar a proliferação da doença além de conscientizar a população sobre o acumulo de lixo e água, grandes responsáveis pela criação do mosquito Aedes Aegypti.
Participaram do evento o secretário da Saúde, Jorge Augusto Martinho, de Obras, Getúlio Neves, Secretário de Indústria e Comércio, Cristovam Canela, a diretora do departamento de Vigilância e Saneamento, Elenir Neves de Carvalho e diretores de escolas.
Jorge Martinho, secretário de Saúde, lembrou que está chegando o período das chuvas. Esta campanha se encerra, mas a população não pode descuidar das medidas diárias em suas residências contra a proliferação do mosquito da dengue.
O secretário informou que ações voltadas para o período de chuva devem ser tomadas pela Secretaria de Saúde e agradeceu a colaboração das secretarias e da prefeita Simone Tebet (PMDB). Se não tivesse a vontade política da prefeita Simone em fazer acontecer não teríamos conseguido. A prefeita nunca mediu esforços para evitar uma nova epidemia.
A diretora de Vigilância e Saneamento, Elenir Neves de Carvalho, apresentou as ações realizadas na Campanha.
Após a apresentação das ações realizadas durante a Campanha, foram entregues os prêmios para as escolas que se destacaram na Gincana Saco Cheio e ao professor Celso Silva Maioli, pelo empenho na campanha.
Rayana Michela Pereira Bezerra, aluna da Escola Bom Jesus, primeira colocada na gincana, acredita que a ação contribuiu para levar informação aos alunos. Agora eu sei que não posso deixar os lixos no quintal e, o mais importante é que não fiz só na minha casa, passei para os vizinhos e familiares.
A Gincana Saco Cheio recolheu 4.500 quilos de descartáveis.
Campanha
Durante os três meses de Campanha de Inverno de Combate à Dengue a Secretaria de Saúde, em parceria com todas as secretarias municipais e voluntários, realizaram ações intensivas para se evitar uma nova epidemia da dengue, em Três Lagoas.
A Campanha teve início com a posse de 70 Agentes de Saúde aprovados em concurso público.
Outra ação realizada foi a distribuição de 10 mil gibis, doados pela VCP Votorantim Celulose e Papel, à classe estudantil. Além dos gibis, a Secretaria de Saúde entregou material informativo para caminhoneiros e nas festas do Folclore e Motoshow.
Foram entregues notas técnicas do Ministério da Saúde a hospitais, médicos, laboratórios e supervisores de endemias. Cerca de 660 galerias e bueiros foram vistoriados e borrifados.
As escolas do município receberam Kits Mosquitos com materiais didáticos para o acervo das bibliotecas.
A Campanha também reativou no mês de setembro o Comitê da Dengue, abrangendo diferentes segmentos da sociedade.
O encerramento aconteceu com a inauguração do Ecoponto, localizado próximo ao CCZ Centro de Controle de Zoonoses, onde os pneus inservíveis serão encaminhados para posteriormente ganharem serem levados para um destino ambientalmente adequado.
Arrastão
Realizado nos dia 6, 20 e 27 de outubro, o arrastão integrou a Campanha de Inverno de Combate a Dengue e visitou 38 mil residências, recolhendo 337.800 kg de lixo.
Entre os lixos mais encontrados estão as garrafas pets, com o total de 6.840.
A ação contou com a participação de 1998 pessoas, 2230 luvas, 9450 sacos plásticos, 43 carros, 51 caminhões e tratores. Além disso, foram distribuídos 36.300 folhetos.
As Secretarias Municipais que participaram das ações encaminharam para a Secretaria de Saúde relatórios sobre o arrastão, destacando a quantidade de lixo e certa indiferença dos moradores.
Para Elenir Terezinha Neves de Carvalho, diretora de Vigilância e Saneamento, ações como o arrastão é fundamental em campanhas como a de inverno. É o momento de envolver os servidores e voluntários para o controle mecânico, mas também vicia a população que fica aguardando para limpar os quintais, avaliou.
A diretora informou que o volume de lixo ainda surpreendeu. Percebemos o tanto que ainda estão mantendo os possíveis criadouros em seu meio.
Elenir enfocou que o monitoramento inteligente continua apontando a positividade nas mesmas armadilhas. Isso nos leva a tomar medidas mais severas como notificação e consequentemente a multar, finalizou.
Risco
No último arrastão da Campanha de Inverno de Combate a Dengue, realizado no dia 27 de outubro, as equipes chegaram a uma grave constatação: mesmo com todo o trabalho ainda falta a conscientização de muitos moradores.
Além dos criadouros para o mosquito Aedes Aegypti, o arrastão localizou áreas de risco para a leishmaniose.
Baldomero Leituga, supervisor de área da Secretaria de Saúde, ficou chocado ao se deparar com a quantidade de folhas úmidas e frutas apodrecendo nos quintais. Sem dúvida é um ponto de risco, com frutas e folhas em decomposição.
De acordo com Leituga, o lixo encontrado na região da NOB é propício para a proliferação da dengue e da leishmaniose. E tem um outro agravante que é estar próximo ao centro da cidade, enfocou.
A região possui muitas árvores frutíferas e o acumulo das folhas contribui para a criação do mosquito transmissor da leishmaniose.
Conscientização
Para a Secretaria de Saúde, é indispensável o controle da dengue através da mobilização social e a participação comunitária, de maneira que haja uma maior responsabilização de cada família na manutenção de seu ambiente doméstico, deixando os quintais e terrenos livres de potenciais criadouros.
O vetor da dengue é altamente domiciliado e a chegada das chuvas, com o acumulo de lixo poderão trazer uma nova epidemia ao município.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO