A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa à população que todas as equipes do Setor de Controle e Combate a Endemias, apesar do decretado recesso de final de ano, estarão a campo em suas ações de enfrentamento à Dengue, Chikungunya e Leishmaniose.
Serão respeitadas apenas as datas dos feriados e as respectivas vésperas, notadamente a véspera e o dia de Natal (23 e 24 de dezembro) e a véspera e dia de Ano Novo (31 de dezembro e 1º de janeiro), informou a secretária de Saúde de Três Lagoas, Eliane Brilhante.
Estarão trabalhando as equipes de Agentes de Combate às Endemias, Equipes do Bloqueio Químico (pulverização) e de Educação em Saúde.
“Essas ações não podem ser interrompidas, porque se faz necessária a continuidade e a intensificação das ações do enfrentamento à Dengue, Chikungunya e Leishmaniose, principalmente, neste período de calor e de aumento das chuvas”, ressaltou Eliane Brilhante.
“Nossas equipes continuam trabalhando, mas é necessário contar também com a participação e responsabilidade de cada morador para conseguirmos mais eficiência na eliminação e descarte dos focos, criadouros de mosquitos, porque esta é a saída para evitarmos o surgimento de surto de doenças”, completou a secretária de Saúde.
AÇÕES
No final do ano e mais especificamente neste período de altas temperaturas e possibilidades de aumento das chuvas, as equipes de Controle e Combate às Endemias “estarão se mobilizando em ações de contenção e bloqueio dos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, vetor transmissor da Dengue e também da Chikungunya, a nova e também séria ameaça à saúde da população”, comentou a diretora de Vigilância e Saneamento da Secretaria Municipal de Saúde, Neide Yuki.
“Estaremos atentos na localização e eliminação dos focos, propícios à proliferação das larvas do mosquito, vetor dessas doenças, principalmente nos alagados, cavidades de árvores, caixas d’água e, principalmente, nos quintais e interiores das residências”, explicou o coordenador de Combate a Endemias, Benício Donizete da Silva.
Por sua vez, o coordenador de Educação em Saúde, Fernando Garcia Brito, orienta a população “a colaborar com o trabalho do Agente de Combate a Endemias, que visita periodicamente as casas dos moradores de cada bairro”, lembrou.
“O Agente de Combate a Endemias, devidamente uniformizado e com crachá de identificação funcional, exerce trabalho importantíssimo no resultado das ações contra a Dengue, Chikungunya e Leishmaniose. Com a colaboração e participação de cada morador, é ele que orienta as famílias a evitar e retirar de seus quintais e interior das casas tudo o que possa favorecer a criação de mosquitos”, comentou Fernando.
Se houver qualquer tipo de dúvida quanto à idoneidade funcional do Agente de Saúde, se é ou não pessoa que se aproveita da oportunidade para adentrar na sua propriedade, com ilícitas intenções, “ligue de imediato pelo telefone 3929-1036, para tomarmos as providências cabíveis e esclarecermos qualquer situação que seja”, informou o coordenador de Educação em Saúde. (Veja foto de um Agente de Combate a Endemias)
DENGUE E CHIKUNGUNYA
Três Lagoas, assim como a grande maioria das cidades de Mato Grosso do Sul e do Brasil, tem um novo desafio a enfrentar neste verão, que é a dengue e a febre chikungunya ou chincungunha (abrasileirado). As duas doenças têm sintomas parecidos e são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes Aegypti.
O comportamento e proliferação desse mosquito, transmissor da dengue e da febre chicungunha, tende a se intensificar em períodos de temperaturas mais altas e de muita chuva.
“Por essas razões, intensificamos as ações de combate ao Aedes Aegypti, nesta época do ano, solicitando sempre a importante participação de todas as pessoas, para que mantenham limpos seus quintais e o interior de suas casas”, ressaltou Neide Yuki.
Tanto a dengue como a febre chicungunha apresentam sintomas de febre alta, dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite e dor no corpo. O que diferencia a febre chicungunha da dengue é a dor nas articulações, que acomete o paciente de forma incessante e intolerável, deixando a pessoa inativa por um longo período. Já a dengue provoca complicações como o risco aumentado de hemorragias, queda da pressão arterial e acometimento dos órgãos e, por isso, exige cautela, como explicou a enfermeira Neide.
“Para enfrentar essas duas doenças, assim como a leishmaniose, todos devemos assumir com responsabilidade e intensidade o compromisso de evitar que o vetor se instale e se reproduza”, completou a diretora de Vigilância e Saneamento.
LEISHMANIOSE
Um outro perigo que vem afetando a saúde da população e a Leishmaniose visceral, doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário “Leishmania chagasi”.
A transmissão da doença, nos centros urbanos é feita pelos cães doentes que possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para o mosquito vetor. A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
“Esse mosquito prolifera em folhas caídas no chão, frutas e todo o material orgânico em decomposição. Por isso é importantíssimo manter nossos quintais sempre limpos, especialmente, nesta época de calor e chuvas”, alerta o coordenador de Educação em Saúde.
Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia e sangramentos na boca e nos intestinos.
QUADRO DAS DOENÇAS
Segundo os boletins epidemiológicos, divulgados semanalmente pela Secretaria Municipal de Saúde, o quadro do número de casos de dengue, chikungunya e leishmaniose tem se mantido sob controle, “graças ao trabalho ordenado e persistente das nossas Equipes de Saúde junto com a participação da população”, comentou a secretária Eliane Brilhante.
Segundo consta no último boletim epidemiológico, correspondente à semana de nº 51, encerrada na sexta-feira (20 de dezembro), Três Lagoas teve o acumulado de 457 casos notificados de dengue, desde janeiro até agora.
Desse total, 74 casos foram confirmados positivos e 349 negativos, ou seja, foram descartados laboratorialmente como casos de dengue. Resta ainda o resultado de 34 casos do total de notificados.
Quanto à febre chicungunya, em Três Lagoas foram cinco os casos notificados de suspeita da doença, em 2014. Um dos casos já foi descartado como negativo e quatro ainda aguardando o resultado de exames laboratoriais.
No relatório de casos de leishmaniose visceral humana, em Três Lagoas temos nove casos confirmados da doença, sendo cinco crianças e quatro adultos.
Assessoria de Comunicação