A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde Pública, implantou novo sistema de acolhimento à população que procura atendimento de emergência e urgência no posto de Pronto Atendimento (PA), popularmente conhecido como “Postão”.
“É o chamado atendimento por classificação de risco, seguindo as normas e instruções contidas na Portaria 1863, do Ministério da Saúde, com o objetivo principal de colocarmos em prática ações técnicas de resolutividade imediata, sem esquecermos o importante lado social e humano dos procedimentos”, resumiu a secretária de Saúde Pública de Três Lagoas, Eliane Brilhante.
Na triagem e avaliação inicial em que se ouve o usuário e se faz aferição de pressão arterial e medição da temperatura corporal, o paciente recebe classificação por cores (vermelho, amarelo, verde ou azul) que identificam a prioridade de atendimento e não mais a ordem de chegada.
Isso quer dizer, “uma forma técnica humanizada de atendimento no nosso Postão, melhorando a qualidade que também leva em conta a necessidade de cada paciente”, completou a secretária de Saúde.
O novo sistema de atendimento começou há mais ou menos 30 dias e as “mudanças entre os usuários e os próprios profissionais da Saúde já estão obtendo resultados positivos no fluxo de atendimento à nossa população”, informou o coordenador de Urgência e Emergência, da Secretaria Municipal de Saúde, Marlúcio Moura.
A “forma técnica humanizada” a que se referiu a secretária Eliane Brilhante, consiste na classificação de risco, por meio de triagem e diagnóstico inicial, que levam em conta “o que o paciente está sentindo através da fala e dos sinais vitais que apresenta”, resumiu Marlúcio.
“Essa visão técnica inicial, que determina a classificação de prioridade ou não de atendimento, não é diagnóstico médico, mas atendimento inicial, especializado e humanizado, voltado à necessidade de cada paciente”, comentou o coordenador de Urgência e Emergência.
CORES
O sistema de atendimento por Classificação de Risco, identificando a prioridade de atendimento do paciente por meio das cores vem sendo adotada nas principais Unidades de Saúde de atendimento de urgência e emergência de todo o Brasil.
Os modelos de Classificação de Risco se baseiam em cinco níveis de gravidade que dão prioridade ao atendimento. São modelos de triagem avançados, contidos no internacional Protocolo de Manchester, que se destaca por trabalhar com algoritmos e determinantes, associados a tempos de espera simbolizados por cores.
“As cores não são discriminação de atendimento, mas identificação de prioridade. Felizmente, nossa população está aceitando bem e se mostrado solidária, porque entende que deve ser atendido antes aquele que mais precisa”, observou Marlúcio.
CLASSIFICAÇÃO
Pelas cores se procede a Classificação de Risco e a previsão de tempo de espera de cada paciente, conforme consta a seguir: Vermelho exige atendimento imediato, porque existe risco de morte; Amarelo mostra que o atendimento é o mais rápido possível, porém não existe risco imediato de morte e exige avaliação periódica no tempo de espera por procedimento médico; a cor Verde identifica pacientes que têm direito e necessidade de atendimento prioritário sobre consulta simples, no caso, crianças, gestantes e idosos; e a cor Azul identifica os pacientes que precisam de atendimento, mas de baixa complexidade e pouco risco.
“Com a adoção desses procedimentos de Classificação de Risco a nossa população começa a ter consciência que o Postão é um atendimento resolutivo de urgência e emergência e não tratamento continuado e preventivo de doenças, que deve ser feito nas Unidades de Saúde e nas nossas Clínicas especializadas”, orientou o coordenador.
“Em outras palavras, resposta imediata não é cura”, completou.
Assessoria de Comunicação