A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria de Saúde Pública, desenvolve um trabalho de análise de qualidade da água para consumo humano através do setor de Vigilância Ambiental em Saúde, integrante do Departamento Municipal de Vigilância em Saúde.
O trabalho relacionado à qualidade da água recebe o nome de VIGIAGUA e consiste em desenvolver ações contínuas no objetivo de garantir à população o consumo da água de qualidade, sendo esta compatível com o padrão de potabilidade estabelecido na legislação vigente, para promoção da saúde.
O programa é do Ministério da Saúde, implementado nos estados, municípios e Distrito Federal. A implantação e estruturação da Vigilância em Saúde Ambiental no Estado de Mato Grosso do Sul iniciou em 2004 e foi regulamentada através do Decreto Normativo nº. 12.375, de 19 de julho de 2007, que situa a Coordenadoria de Vigilância da Saúde Ambiental (CVA) sob a Diretoria de Vigilância em Saúde.
TRÊS LAGOAS
Em Três Lagoas, a bióloga Gisleine Tabose Saiar, está à frente do programa, e também coordena o setor Vigilância em Saúde Ambiental. O trabalho relacionado a qualidade da água para consumo junto da análise laboratorial iniciou em 2008 no município.
Segundo a bióloga, o trabalho consiste na análise bacteriológica da água, crescimento de bactérias heterotróficas, (análises microbiológica) e análise físico-química, relacionada à turbidez, ou seja, medição da resistência da água à passagem de luz que é provocada pela presença de partículas flutuando na água; temperatura e Potencial Hidrogeniônico – PH (quantidade de prótons H+) ideal, que segundo a Portaria 2914, de 12 de dezembro de 2011, a água para consumo humano deve ter entre 6 e 9,5 de PH.
A equipe composta por Gisleine e mais dois agentes técnicos de saúde faz a coleta da água num recipiente adequado, percorrendo os bairros diariamente, e destina ao Laboratório de Análise de Água Municipal, localizado no segundo andar do prédio do Hemonúcleo, no Centro.
Após análise, o diagnóstico é registrado no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua). As principais análises do sistema referem-se, à turbidez, quantidade correta de Fluoreto e Cloro e análise de Coliformes Totais (se há ausência de bactérias).
De acordo com Gisleine existem metas de amostras a serem apresentadas “são amostras obrigatórias pelo percentual de cumprimento da diretriz nacional”, explica Gisleine.
Em 2013 o município cumpriu as metas e algumas até foram superadas. Para turbidez o município atingiu 100% da meta, apresentando as 636 amostras obrigatórias e também atingiu 100% da meta, para as 636 amostras obrigatórias, referente ao Cloro na água. As amostras de fluoreto chegaram a 224% das 216 amostras obrigatórias a serem apresentadas e 103,3 % das 480 amostras obrigatórias a serem apresentadas, referente a Coliformes Totais.
“O município é responsável pela análise da água que chega até o cavalete nas residências, por isso sempre orientamos as pessoas a filtrarem a água e realizar limpeza da Caixa D’ Água a cada seis meses, bem como limpeza e manutenção do encanamento da residência”, explica Gisleine.
Caso seja encontrada alguma irregularidade na água, a equipe notifica a empresa responsável pelo abastecimento de água da cidade, no caso de Três Lagoas a Sanesul, e a mesma deve adequar-se para resolver o problema.
“Esta é uma das ações preventivas da saúde e Três Lagoas é uma das poucas cidades do Estado que possui o laboratório de análise que dispõe de estrutura fornecida pelo município e Ministério da Saúde”, informa a bióloga.
PORTARIA Nº 518
A Portaria Nº 518, de 25 de março de 2004, estabelece que o controle da água, deve ser realizado pela empresa de quem oferece o abastecimento coletivo ou de quem presta serviços alternativos de distribuição. Porém, cabem as autoridades de saúde pública a missão de verificar se a água consumida pela população atende as normas dessa portaria, inclusive no que se refere aos riscos que os sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água representam para a saúde publica.
Além do VIGIAGUA, o setor trabalha outros programas, sendo: Vigisolo – Vigilância Em Saúde de Populações Exposta a Solo Contaminado; Vigiar – Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição do Ar; Vigiapp – Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada aos Acidentes Envolvendo Produtos Perigosos; Vigidesastres – Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada aos Riscos Decorrentes de Desastres Naturais e Vigiquim – Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada aos Contaminantes Ambientais e Substâncias Químicas.
“O foco maior do nosso trabalho é a água, o solo e o ar”, diz Gisleine.
Assessoria de Comunicação