A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde Pública, alerta a população quanto ao perigo da proliferação descontrolada de pombos em alguns locais públicos urbanos, estabelecimentos comerciais e também em residências.
O crescimento desordenado de pombos “é séria ameaça à saúde da população, porque essas aves podem transmitir uns 50 tipos de perigosas doenças, entre elas a meningite”, alertou a secretária de Saúde, Eliane Brilhante.
“Quem alimenta os pombos está indiretamente contribuindo também para o surgimento de doenças. Portanto, pedimos à população que não alimente os pombos, porque só assim evitamos o transtorno da proliferação desorganizada dessas aves em prédios e monumentos públicos, comércio de rações e também nas nossas residências”, orientou a secretária de Saúde.
A maior concentração de pombos está nos arredores das casas que comercializam ração de animais, devido à facilidade que as aves têm de acesso à farta alimentação.
Segundo pesquisa realizada recentemente pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP) – Famerp, os pombos, aparentemente inofensivos, podem transmitir cerca de 50 doenças. A mais grave delas é a meningite e o contágio é feito quando uma pessoa inala os fungos que são encontrados nas fezes das aves.
As pessoas com saúde debilitada, principalmente crianças e idosos, estão mais sujeitas a contrair doenças, causadas pelos fungos das fezes dos pombos, como alerta a secretária de Saúde de Três Lagoas.
Por isso, recomenda-se que, ao proceder a limpeza de fezes de pombos, que não se faça a seco, mas que se umedeça bem toda a área, para evitar o levantamento da poeira das fezes.
“A orientação que damos é que as pessoas não alimentem nem criem condições de abrigo e de criação de pombos em suas residências e no comércio”, recomendou Eliane Brilhante.
DOENÇAS
Segundo consta no manual de “Pombos Domésticos –Sugestões para o Controle em Escolas Públicas Estaduais de Porto Alegre”, elaborado pelo Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, numa ação conjunta de estudo e divulgação da Secretaria de Educação e da Secretaria de Meio Ambiente daquele Estado, em 2007, “os pombos transmitem doenças que são causadas tanto por fungos existentes em suas fezes secas como por bactérias que se transmitem ao contaminar os alimentos ou a água. Essas doenças podem inclusive levar à morte, em alguns casos de forma silenciosa e revestida de anonimato”.
No mesmo manual, consta o alerta que, além das perigosas doenças, as fezes ácidas dos pombos sujam os ambientes, provocam danos à pintura de veículos e ao patrimônio histórico e artístico, bem como matam plantas ornamentais e gramados.
“O acúmulo de penas, fezes e restos de ninhos podem causar entupimentos em calhas ou tubulações de escoamento pluvial e o apodrecimento precoce de forros de madeira”.
“Em armazéns, mercados ou depósitos, os pombos podem promover a contaminação de alimentos, pois transportam bactérias em seus pés. Além disso, em locais onde há concentração dessas aves frequentemente também há proliferação de ratos, baratas e moscas”, alerta o estudo.
Segundo o mesmo manual, “em muitos lugares, o pombo-doméstico já atingiu a condição de praga urbana, em razão de sua superpopulação, dos prejuízos econômicos que causa e dos riscos que representa à saúde pública, sendo necessário o controle populacional”.
MEDIDAS
Vale lembrar que as medidas, ambientalmente corretas, devem limitar-se ao controle e não à matança das aves, já que, apesar de não pertencerem a uma espécie nativa do Brasil, os pombos que vivem em liberdade em nosso meio são considerados parte integrante da fauna silvestre brasileira, estando, portanto, amparados pela legislação de proteção à fauna, como orienta o citado manual do Rio Grande do Sul.
O manejo do ambiente, impedindo o acesso das aves ao alimento, aos abrigos e aos locais de reprodução, é a medida mais eficaz para evitar a invasão e a superpopulação das aves.
Esta foi a medida adotada pela Prefeitura de Três Lagoas para afastar os pombos do prédio da Avenida Capitão Olyntho Mancini, no Centro.
Em todos os andares do prédio, onde está instalada a Prefeitura de Três Lagoas, foram fixadas telas protetoras, que acabaram impedindo os pombos de se instalar no local.
“E a participação da população é de extrema importância nessa medida, principalmente, não alimentando os pombos e cuidando para não deixar alimentos ou rações expostos, que acabam atraindo as aves”, recomendou Eliane Brilhante.
Assessoria de Comunicação