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O projeto, discutido na sessão desta terça-feira (25), atinge diretamente duas secretarias: Indústria, Comércio, Turismo, Ciência e Tecnologia e Educação.
A prefeita explicou que a reestruturação administrativa se dá em virtude da queda parcial da arrecadação estadual devido aos problemas gerados pelo anúncio de focos de febre aftosa no Estado.
Diante das dificuldades, que já começam a influenciar a economia em todo o Estado, essa reforma está sendo proposta com o objetivo de otimizar a máquina, explicou a prefeita.
Simone deixou claro que as mudanças foram feitas baseadas em critério técnicos, mas que não teve como fugir a compromissos políticos. A referência foi feita quando houve questionamento sobre a permanência do secretário de Meio Ambiente, Cristovam Lajes Canela, que é do PSDB, à frente da pasta na fusão com a secretaria de Indústria e Comércio.
Uma secretaria não feita pelo secretário, mas sim pela sua equipe. Assumi compromisso com o PSDB, mas a manutenção do Canela é resultado de um consenso, informou.
Simone informou que o ex-secretário Gusmão continuará fazendo parte da administração, no entanto como um consultor, sem remuneração.
Mais mudanças
Durante a coletiva, a prefeita anunciou também outra mudança proposta pelo projeto, que consiste na fusão da Secretaria de Educação com a Cultura, que será administrada pela atual secretária de Cultura, Márcia Moura.
O secretário de Educação, Ricardo Roriz deixa o cargo para assumir uma diretoria na Secretaria de Juventude.
A decisão sobre o nome que ficaria à frente desse cargo foi tomada entre eles, que decidiram pela permanência da Márcia, comentou a prefeita.
A extinção de duas secretarias provocará impacto direto
sobre a folha de pagamento, que, segundo a prefeita, contará com redução de cerca de R$ 15 mil.
Simone fez questão de dizer que os projetos que estavam em andamento nestas duas secretarias não serão alterados e que a unificação da Secretaria de Indústria e Comércio com a de Meio Ambiente, não atrapalhará em nada o desenvolvimento industrial do município.
Este é um setor que está consolidado em Três Lagoas. Só este ano foram confirmadas 15 novas indústrias para a cidade. Esta mudança de secretários não vai prejudicar o setor, disse.
Futuro econômico
A reforma administrativa e o impacto negativo na economia estadual devido à aftosa não deverá gerar problemas financeiros para Três Lagoas a curto prazo, previu a prefeita. Segundo ela, o dinheiro do 13º salário do funcionalismo já está em conta e as obras anunciadas não serão suspensas.
Isso porque, tanto os recursos para as obras como o dinheiro do 13º, já estão alocados. Eu só anuncio uma obra se tenho dinheiro para realizá-la e as que eu anunciei até agora dispõem de dotação orçamentária para sua conclusão, explicou a prefeita.
Simone disse também que não acredita que a crise no setor pecuário do Estado represente prejuízos em relação a situações pendentes, como é o caso da International Paper. Segundo ela, o investimento do grupo é muito alto e independe da situação econômica do Estado.
O assunto IP está cercado de muito sigilo. É um investimento que representa um acréscimo de 0,15% no Produto Interno Bruto (PIB) do país. A vinda deles independe da situação atual em MS, e vou além, acredito que a vinda deles pode representar uma saída para o Estado, que poderá voltar à década de 70, quando grande parte da região era plantação de eucalipto. É uma maneira de diversificar a economia do estado, que ainda depende muito do boi. O anúncio da vinda da IP, que ficou para 2006, está exclusivamente nas mãos do governo federal, concluiu.
O projeto da reforma administrativa está em tramitação da Câmara e deverá ser votado na próxima sessão, marcada para o dia 1º de novembro.
Assessoria de Comunicação