Na luta contra o mosquito Aedes Aegypti, a Prefeitura de Três Lagoas vai implementar mais uma estratégia no combate ao transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika. O Município foi selecionado ao lado de outros 11 municípios de Mato Grosso do Sul, para participar de um projeto-piloto com uso de armadilhas ovitrampas visando aprimorar o monitoramento da infestação do inseto na cidade.
O estudo denominado “Projeto de Vigilância Entomológica com Armadilhas de Oviposição (Ovitrampas)” acontece também em outras regiões do país. Idealizado pelo Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) o programa acontecerá em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as Prefeituras de cada município.
Além de Três Lagoas fazem parte do projeto as seguintes cidades: São Gabriel do Oeste, Naviraí, Aral Moreira, Amambai, Deodápolis, Maracaju, Caarapó, Ponta Porã, Aquidauana, Coxim e Laguna Carapã.
O método não é novo para a SMS, pois desde 2019 tem implantado armadilhas desse tipo para mesma finalidade, entretanto com menos abrangência.
TREINAMENTO
Na semana passada, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), composta pelo coordenador de Endemias, Alcides Ferreira e a coordenador da Entomologia, Georgia Medeiros, participou de uma capacitação na cidade de Ponta Porã, juntamente com os profissionais de saúde das 11 cidades, para a apresentação e treinamento da implantação da nova ferramenta.
PROJETO MINISTÉRIO DA SAÚDE
A Prefeitura irá instalar as ovitrampas do Ministério da Saúde em todos os bairros da cidade, a cada 300 metros, o equipamento permanecerá por sete dias em cada local, e enviado posteriormente ao laboratório de Entomologia para contagem dos ovos.
As armadilhas vão simular o ambiente perfeito para a procriação do Aedes Aegypti: um vaso de planta preto é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, são inseridas uma palheta de madeira (Eucatex) que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos.
Após a coleta, no laboratório será possível observar, de maneira mais rápida e eficiente, a quantidade de mosquitos da região, permitindo à SMS direcionar e executar ações para eliminar todas as possibilidades de proliferação vetorial nas áreas trabalhadas.
O projeto também disponibiliza um sistema online para inserção dos dados das capturas, possibilitando a criação de mapas de calor e mapa híbrido da situação da cidade.
Georgia Medeiros explica que Três Lagoas já realizava um trabalho semelhante e distinguiu a diferença, “Atualmente nós temos 26 bueiros monitorados com as armadilhas em Três Lagoas, e após o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) são escolhidas as áreas que deram negativo para implantação, entretanto com o projeto vamos conseguir monitorar a cidade inteira e ter melhores resultados” informou a coordenadora.