A Prefeitura de Três Lagoas, por meio do Departamento Municipal de Habitação, realizou reunião no Plenarinho da Câmara Municipal, na noite de sexta-feira (20), com as famílias que residem em barracos no Jardim das Primaveras.
O objetivo da reunião foi anunciar que está prestes a se realizar o sonho da construção da casa própria e informar sobre as medidas iniciais que deverão ser seguidas para habilitar essas famílias a participarem do Projeto “Lote Urbanizado” do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Prefeitura de Três Lagoas.
Na reunião, coordenada pela diretora do Departamento de Habitação, Sônia Góis, com a presença do assessor jurídico, advogado Fábio Gimenez, e da assistente social, Rosimane Custódio, estavam também presentes os líderes do Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), em Três Lagoas, Francisco Braz Nascimento (Chiquinho) e Vany Lucimar Mariano.
Como informou Sônia Góis, 56 famílias já residem em barracos, por elas mesmas construídos, no Jardim das Primaveras e “esta reunião, seguindo a orientação do prefeito Angelo Guerreiro, é para orientar as famílias, para que, finalmente, regularizem a situação e sejam habilitadas legalmente a participar deste programa habitacional”, explicou.
“Maioria das exigências nos foi formulada pelo Ministério Público para que a Prefeitura de Três Lagoas possa legalmente doar a área a estas famílias”, explicou o advogado Fábio Gimenez.
“São 146 famílias que, assim como eu, há tempo espera realizar o sonho de construirmos nossa casa para morarmos com dignidade”, comentou Vany Lucimar.
“Minha família e eu, há mais de 10 anos, alimentamos este sonho, que agora deverá tornar-se real”, disse.
LOTE URBANIZADO
Pelo Projeto “Lote Urbanizado”, o Governo do Estado, por meio de recursos da Agência Estadual de Habitação (AGEHAB), em parceria com a Prefeitura de Três Lagoas, investirá na construção de habitações populares.
Nessa parceria, caberá à Prefeitura a doação dos lotes para a autoconstrução das casas, a supervisão e orientações técnicas das obras e a urbanização completa da área, ou seja, toda a infraestrutura (ruas de acesso, luz, água e esgoto).
“É um programa habitacional, com recursos do governo do Estado e pelo sistema da autoconstrução, ou seja, cabe ao mutuário à construção da casa, seguindo o projeto técnico e as orientações da Prefeitura”, resumiu Sônia Góis.
“DESTA VEZ VAI DAR CERTO”
“Desta vez, acredito que iremos, finalmente, poder construir nossas casinhas”, disse Dionísia Gonçalves Florêncio (42), casada e mãe de um filho de 14 anos.
“Estou nesta luta, há quase 10 anos. Estava um pouco desanimada, mas desta vez estou confiante que tudo dará certo”, completou, mostrando o Lote nº 6 da Quadra 5, onde reside com a família, num barraco improvisado.
A mesma certeza demonstrou Daniela Cristina dos Santos de Moraes (29) anos, casada e mãe de três crianças, uma de 9, de 7 e a mais nova com 5 anos de idade.
Residente no Lote nº 4 da Quadra 5, “desde que começou o movimento de luta por moradia popular, há quase 10 anos e agora sei que valeu a pena esperar”, completou Daniela.
As duas vizinhas participaram também da reunião do Departamento de Habitação, na noite de sexta-feira (20), na Câmara Municipal.
Diretoria de Comunicação