Mais uma vez, as equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) e Centro de Controle de Zoonoses e Entomologia, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizaram o monitoramento do carrapato-estrela na área gramada da Lagoa Maior.
A ação foi realizada na manhã desta terça-feira (08), no intuito de manter Três Lagoas livre deste vetor transmissor da febre maculosa. A coordenadora do setor de Entomologia, Georgia Medeiros, informou que, assim como nos anos anteriores, não foi identificada a presença do carrapato-estrela no local.
“O monitoramento é feito anualmente na Lagoa Maior, visto que é habitat de diversos grupos de capivaras, sendo um dos principais hospedeiros deste inseto. Mesmo não tendo nenhum carrapato encontrado nesses anos, é nosso compromisso manter o cuidado com a saúde pública humana e animal”, destacou.
A preocupação reflete também na presença e grande circulação de pessoas no maior ponto turístico do Município. Por sua vez, a SEMEA mantém o trabalho de limpeza e manutenção da Lagoa, assim como o cuidado e monitoramento das capivaras.
“É importante esclarecer que este carrapato em questão é muito diferente do qual é encontrado em cães. O carrapato-estrela transmite a febre maculosa quando está infectado por uma bactéria e para transmitir a doença, ele precisa liberar a saliva ao picar a pele da pessoa”, esclareceu o médico veterinário Everton Ottoni, presente na ação.
Em Mato Grosso do Sul, o último caso registrado de febre maculosa foi em 2018, em um homem de 34 anos, residente em Campo Grande, com histórico de viagem para área rural do município de Sidrolândia.
FEBRE MACULOSA
Febre maculosa brasileira é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Esse carrapato hematófago pode ser encontrado em animais de grande porte (bois, cavalos, etc.), cães, aves domésticas, roedores e, especialmente, na capivara, o maior de todos os reservatórios naturais.