
A Administração Municipal apresentou na manhã desta quinta-feira (13) a viabilidade de Três Lagoas ser a primeira Cidade do Estado de Mato Grosso do Sul a implantar uma Estação Aduaneira Interior (EADI) – ou Porto Seco. A apresentação foi realizada para autoridades locais e para o Superintendente Regional da Receita Federal no Centro-Oeste, José Oleskowski, além do Delegado da Receita Federal em Campo Grande, Flávio de Barros Cunha.
Atualmente, Três Lagoas corresponde por 50% do volume de importação no Estado, sendo os principais itens importados o material têxtil, cereais e siderurgia, demanda necessária para à produção das indústrias instaladas no Município.
Com a produção das indústrias locais e a instalação de novas outras, previstas para os próximos dois anos, a Cidade passa pelo bom desenvolvimento também da exportação, vendendo ao exterior grandes quantidades e variedade de produtos, incluindo entre os mais importantes a celulose e farelo de soja.
“O Porto Seco é importante, pois o crescimento de Três Lagoas é continuo. Mesmo com a crise econômica Mundial o índice de exportação e importação de Três Lagoas continuaram estáveis em 2012”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Garcia de Souza.
A Cidade possui quase 3 mil empresas instaladas, 54 indústria de grande e médio porte. A Cidade também é conhecida industrialmente pela sua potencialidade logística, possuindo três modais (hidrovia, ferrovia, rodovia).
“Três Lagoas é o polo industrial de Estado de Mao Grosso do Sul – apesar de hoje não ser a maior em volume econômico. E o processo industrial mostra que a Cidade não ficará dependente da celulose, temos a maior fábrica brasileira de refrigerados, será instalando aqui a maior indústria da América Latina de Fertilizantes nitrogenados, e em breve iremos produzir e exportar cabos de fibras óticas de alta tecnologia”, destacou Marco Garcia.
O secretário informou que atualmente a demanda produtiva de Três Lagoas já é bem maior que as dos Portos Secos mais próximos que ficam em Bauru e em São José do Rio Preto.
“Para estes dados, fizemos um questionário sobre importação e exportação, para sabermos os movimentos de mercado futuro com as empresas nas regiões envolvidas com exportações. E percebemos um crescimento significativo ao analisarmos com os dados atuais e com os dados passados”, destacou Marco.
Um exemplo desta viabilidade do Porto Seco na Cidade é que das 50 maiores empresas importadoras em Mato Grosso do Sul, 29 estão localizadas em Três Lagoas.
De acordo com o Delegado da Receita Federal em Campo Grande, Flávio de Barros Cunha, as áreas alfandegárias são de responsabilidade da Receita Federal, mas a implantação de um Porto seco é “um processo complicado e demorado. Às vezes leva-se mais de um ano para o processo sair do papel”.
“Estou encantado com Três Lagoas, com toda potencialidade e com a disposição das pessoas que trabalham nesta Cidade. Sobre o Porto, nos colocamos a disposição em auxiliá-los com o projeto – caso haja realmente o pedido de instalação. Analisaremos da melhor forma possível, pois o trabalho da Receita Federal é resolver as situações da melhor forma, dentro da legalidade”, destacou José Oleskowski.
Para a prefeita Marcia Moura (PMDB) este plano vai ao encontro do plano de desenvolvimento da logística Nacional: “Três Lagoas é o polo industrial de Mato Grosso do Sul, e o plano de um Porto Seco aqui, irá diminuir o gargalo dos maiores portos do País”.
Assessoria de Comunicação