Desde 2013, a pesca na Lagoa Maior é proibida por resolução, porém, algumas pessoas ainda insistem em desrespeitar a determinação e continuam a praticar pescaria no Local, causando riscos às pessoas e animais existentes por lá. Em toda a extensão da pista de caminhada há placas de orientação sobre esta proibição.
Na manhã desta quinta-feira (22), a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) fez o atendimento de uma capivara que se encontrava ferida por um anzol de pesca.
A veterinária da SEMEA, Andréia Santana, comentou que “o objeto estava perfurando a região lombar do animal e, provavelmente o incidente aconteceu ontem (21), sendo um dia propício para pescar por ser feriado. É possível que a capivara tenha sido atingida no momento do arremesso do anzol na água ou tenha passado pela linha no leito da Lagoa”, explicou.
O secretário da pasta, Celso Yamaguti, também participou do atendimento e frisou sobre a proibição da pesca na Lagoa. “Mesmo com tantas campanhas já feitas e com as placas instaladas ao redor da Lagoa, as pessoas ainda insistem em desobedecer as regras. Este acidente mostra que além de ilegal, a pesca na Lagoa pode ser perigosa”, disse.
“São incidentes como este que precisam ser evitados. Já ocorreram outros casos envolvendo animais e a pesca irregular e, a nossa missão é fazer com que a proibição seja respeitada”, completou o secretário.
Por sorte, o anzol estava em parte superficial da pele do animal e não causou danos à sua saúde, nem risco de morte. Celso reforça que as ações da SEMEA serão intensificadas para conscientizar a população de que a Lagoa não é lugar de pesca.
“A Lagoa Maior é o nosso maior cartão postal e não podemos deixar que acidentes como este prejudiquem a imagem que tem. Sendo um local de grande circulação de pessoas e pelos animais nativos de lá, é preciso entender que a pescaria pode prejudicar e muito, inclusive as aves. Participaram também do atendimento à capivara os integrantes da equipe, Marlon Donadoni, Valmirá Pio da Silva e Francisco Paulo Rios.
PROIBIÇÃO E RISCO À PRÓPRIA SAÚDE
A proibição da pesca e banho na Lagoa Maior foi publicada por Resolução em 30 de setembro de 2013, amparada pela Lei Federal nº 9.605/98 que regulamenta as prerrogativas, punições e possíveis multas para quem infringi-la. Porém, por não ser Lei, esta proibição não tem efeitos de punibilidade e sanções administrativas.
Um estudo realizado em 2008 pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas revela que, devido à alcalinidade da água e outras influências, os peixes encontrados na Lagoa são impróprios para consumo, podendo causar danos à saúde humana.