O Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Três Lagoas recebeu no sábado (27) um Mutirão Médico que realizou mais de 340 atendimentos. Neste dia foram realizados, simultaneamente, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e o encerramento da Semana Nacional de Mobilização contra a Hanseníase e a Tuberculose, ocorrida entre os dias 22 e 27 de novembro, e realizada em Três Lagoas pela Secretaria de Saúde através do Programa Municipal de Controle de Hanseníase e Tuberculose.
De acordo com o coordenador do Programa Municipal, Antonio Carlos Modesto, foram mais de 150 atendimentos neste mutirão para diagnóstico de Hanseníase e Tuberculose. Desses, cinco casos suspeitos de Hanseníase estão sendo investigados, aguardando resultados de exames complementares, com possibilidade concreta dos cinco casos serem confirmados. O Sintomático dermatológico apresenta manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas com diminuição de sensibilidade, dormência, nessa mancha, explicou Modesto.
Quanto aos casos suspeitos de Tuberculose, necessitamos de informações de todas as unidades de saúde do município com relação ao número de Sintomáticos Respiratórios identificados e examinados durante a Semana de Mobilização, aguardar o resultado desses exames, para posterior divulgação dos casos confirmados ou não de Tuberculose, informou. Segundo o coordenador, Sintomático Respiratório é todo indivíduo que esteja com tosse, com ou sem expectoração, há mais de três semanas.
Entre os 197 atendimentos para diagnóstico de Câncer da Pele, foram confirmados no mutirão quatro casos de carcinoma basocelular – CBC (Câncer da pele benigno). Conforme Modesto, os pacientes já estão sendo devidamente tratados.
Participaram do Mutirão voluntário de atendimento médico quatro dermatologistas: Maria Angélica Gorga, Roberto Fregnan, Ernani Vilela dos Reis, e Mônica Shimisu. Já nas ações da Semana Nacional de Mobilização contra a Hanseníase e a Tuberculose, todas as equipes das Estratégias de Saúde da Família (ESF) e agentes comunitários de Saúde estiveram envolvidos, com atendimentos e intensificação de informações sobre as doenças.
A diretora de Vigilância em Saúde, Maria Angelina Zuque, destacou que este tipo de ação abrange pessoas que não tem condições de ir a uma unidade de saúde durante a semana. Sempre procuramos encerrar nossas campanhas de saúde ou então promover mutirões de atendimento aos sábados, para quem só têm tempo neste dia, e com isso alcançamos uma cobertura maior daqueles que não conseguimos atender nas unidades de saúde durante o expediente normal da semana, ressaltou Angelina.
Série histórica de casos em Três Lagoas
Hanseníase
Segundo Modesto, em 2010 foram diagnosticados 14 novos casos de Hanseníase e cinco casos suspeitos. Já em 2009 foram 28 novos casos da doença. O coordenador também informou que atualmente o indicador de prevalência em Três Lagoas está próximo de atingir a meta de eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública, já que o indicador aponta 16,5 casos para 100 mil habitantes (16,5/100 mil). A meta é de 10/100 mil habitantes. Em 1998, o indicador de prevalência na cidade era de 140/100 mil habitantes. Essa diminuição dos casos se deve ao trabalho de prevenção, tratamento e coincide com o trabalho das ESFs, além da mobilização contínua, explicou Modesto.
Tuberculose
Ainda segundo o coordenador, 28 casos novos de Tuberculose foram diagnosticados em 2009. Já em 2010, até o momento, são 22 novos casos da doença.
O município possui hoje uma incidência considerada média, já que é de 24,5 casos para 100 mil habitantes (24,5/100 mil), diferente de 2009 quando a incidência era de 31/100 mil habitantes. Conforme Modesto, o pico de incidência foi em 2005, quando atingiu 57/100 mil habitantes.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO