A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e da coordenação do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM), promoveu caminhada de mulheres, na manhã desta segunda-feira (25), pela Avenida Antônio Trajano dos Santos, no Centro, no trecho da Rua Zuleide Peres Tabox (em frente à Catedral Sagrado Coração de Jesus) até à Praça Senador Ramez Tebet.
Com o apoio do Pelotão de Trânsito da Polícia Militar e de uma ambulância do Corpo de Bombeiros (UR-43), um grupo de mulheres portava faixas e cartazes, ao som de assobios e de batidas em tampas de panelas, chamando à atenção da população “pelo fim da violência contra a mulher” e com o apelo “Não Se Cale”.
A caminhada, realizada no Dia Internacional da Não Violência, integra a programação da Campanha 2013 dos “16 Dias de Ativismo”, na conscientização e preservação dos direitos da mulher e enfrentamento à violência, infelizmente praticada sem escrúpulos nos lares e na sociedade em geral.
Na Praça Senador Ramez Tebet, as mulheres se organizaram na ação de distribuição de panfletos contra a violência, fixação de faixas e cartazes, com o objetivo de sensibilizar a população em geral sobre o significado do movimento dos “16 dias de ativismo”.
A caminhada teve a participação de vários Grupos da Melhor Idade, da Rede Feminina de Combate ao Câncer e da Rede Feminina da Loja São João; e contou com a presença da diretora do Departamento de Proteção Social Especial, professora Maria Eulália Carrara da Silva; coordenadora do CRAM, Sheila Regina dos Santos; delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), Letícia Mobis Alves; e do secretário Paulo da Paz (Sejuvel).
CAMPANHA
A Campanha “16 Dias de Ativismo” é alusiva a datas importantes, bem como o “Dia da Consciência Negra”, lembrado em 20 de novembro, com a finalidade de sensibilizar a sociedade e chamar à atenção para a situação das mulheres negras que, além da violência de gênero sofrem violência racial.
No dia 25 de novembro se comemora o “Dia Internacional da Não-Violência” contra a Mulher. Este dia foi criado em homenagem às três irmãs, ativistas politicas, Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal. Elas foram brutalmente assassinadas durante a ditadura de Leônidas Trujillo, na República Dominicana.
Na sequência, no dia 1º de dezembro é celebrado o “Dia Mundial de Combate à AIDS” que tem por objetivo a mobilização dos governos, sociedade civil e demais segmentos no sentido de incentivar a solidariedade e a reflexão sobre as formas de combater a epidemia e o preconceito com as pessoas que convivem com a AIDS.
Em 6 de dezembro é o “Dia Nacional de Mobilização dos Homens” pelo fim da violência contra as mulheres.Neste dia, Marc Lepine de 25 anos, estando armado, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal no Canadá, ordenando que 48 homens presentes se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Após este ato, Lepine, gritando a frase “Vocês são todas feministas”, atirou e assassinou 14 mulheres à queima roupa e em seguida suicidou-se.
Esse massacre mobilizou a opinião pública mundial, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres.
Por fim, a campanha também é alusiva ao “Dia Mundial dos Direitos Humanos”, celebrado em 10 de dezembro. Esta data celebra a adoção, em 1948, pela Organização das Nações Unidas (ONU), da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração nasceu em resposta à barbárie praticada pelo nazismo contra os judeus, comunistas, ciganos e homossexuais e também as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima, matando milhares de inocentes.
Assessoria de Comunicação