
Durante a abertura da feira do empreendedor nesta quinta-feira (22), em Campo Grande, o diretor técnico nacional do SEBRAE, Carlos Alberto dos Santos informou que o MS deverá ter 13 mil empreendedores deixando a informalidade em 2010. Segundo ele, até esta data, 6878 já haviam se formalizado.
Tenho certeza de que MS vai alcançar e meta. Hoje, vivemos um momento especial, onde temos a criação do Empreendedor Individual, com a meta de cadastrar 1 milhão de novos empresários. Em Mato Grosso do Sul, esse número é de 13 mil. Apenas aqui na feira, a expectativa é que 500 empresários formalizem seus empreendimentos. Disponibilizamos as ferramentas pra isso e a procura tem sido significativa, comentou.
Crise
Carlos Alberto explicou que houve retração na formalidade em 2009 devido à crise econômica mundial. Mesmo assim, no ano passado foram criados 995 mil empregos formais em todo o país.
O mercado brasileiro também sentiu a crise. Mesmo assim, as empresas formalizadas em 2009 ofereceram, em média, 4 empregos cada. Quando o Brasil não cresceu, as pequenas empresas cresceram e empregaram, destacou o diretor.
Superada a crise, o diretor disse que a expectativa é que, em 2010, 2,5 milhões empreendedores deixem a informalidade. Até o mês de junho, 450 mil já haviam se formalizado.
Pesquisa de Hábitos de Consumo
Uma importante ferramenta que vai auxiliar o empresário de MS a alcançar seus objetivos também foi lançada na noite desta quinta-feira (22), durante a abertura da Feira do Empreendedor 2010.
A Pesquisa de Hábitos de Consumo apresenta um panorama dos consumidores sul-mato-grossenses. Os dados, colhidos este ano, podem auxiliar empresários na hora de direcionar seus produtos e serviços ao público. Com uma estrutura de atendimento empresarial para os visitantes da Feira, o espaço terá também o estande Conheça Mais Seu Cliente, onde os empresários podem utilizar computadores para conhecer o levantamento e ainda receber atendimento de consultores empresariais.
Um dos aspectos verificados pela pesquisa demonstra que a principal fonte de renda dos consumidores vem do trabalho, principalmente entre os homens. Ao separar por faixa etária, verifica-se que os adolescentes, quando tem algum rendimento, contam com mesadas, os adultos tem o trabalho e os idosos a aposentadoria. Este último grupo é o único que separado dos demais deixa de apresentar o trabalho como forma de renda. Em uma comparação feita entre a Capital e o interior, a diferença para o número geral também é bem pequeno.Outro ponto analisado diz respeito às formas de pagamento mais comuns excluindo o dinheiro.
Verificou-se que o cartão de crédito é o mais utilizado em todas as categorias analisada: homens e mulheres, crianças, adultos e idosos, faixas de renda, estado civil e localidade onde vive. O cartão de crédito é utilizado por 27% dos entrevistados, seguido pelo cartão de débito (17%) e pelo e carnês de lojas (13%).Ao analisar quais os produtos mais comprados a crédito, os resultados apontam que os eletrodomésticos estão em primeiro lugar, com 44%. Depois ficam o vestuário e os eletrônicos. Entre os adolescentes, as compras a crédito são mais raras, isso porque na maioria das vezes há dependência financeira da família. Apenas entre os solteiros as compras a prazo são mais utilizadas para o vestuário do que para os eletrodomésticos.Entre os entrevistados em geral, 48% afirma ter dívidas. Comparando os gêneros, os números permanecem iguais, com variação de apenas um ponto. Os adultos tem mais dívidas, chegando a 55% dos entrevistados, seguidos pelos idosos e pelos adolescentes. Os solteiros são os que menos tem dívidas e os casados os mais endividados. Separados e viúvos ficam bem próximos do número geral de endividados. As dívidas também estão mais presentes entre os de baixa renda. Na capital o grau de endividamento é menor que no interior.
A pesquisa será disponibilizada aos empresários que queiram conhecer seus clientes e direcionar suas vendas, afirma diretor executivo do SEBRAE/MS, Cláudio George Mendonça.
O importante é que empresários vejam que mesmo sendo pequenos, eles podem segmentar as vendas e dessa forma satisfazer mais o cliente e gerar mais vendas, considera.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO