Para todo atendimento, exceto casos de urgência e emergência que devem ser encaminhados para a UPA24h, a porta de entrada são as Unidades de Saúde de cada bairro (região). Lá, o cidadão passará por um médico da família (clínico geral) e, se necessário, encaminhado para um especialista.
Esse procedimento é determinado pelo Ministério da Saúde e vem no intuito de otimizar o tempo de atendimento de cada paciente que, dessa forma, além de não precisar se deslocar para longe da sua casa para receber atendimento médico, também não vai ter que esperar uma agenda do médico especialista para um problema que o médico de família consegue sanar.
De acordo com a diretora da Atenção Básica da Rede Municipal de Saúde de Três Lagoas, enfermeira Andréia Lima, a população muitas vezes desconhece o trabalho desse profissional e, por isso, prefere o atendimento especializado. “Para que, por exemplo, uma mãe vai sair da casa dela e se deslocar para outro bairro distante para tratar o filho com febre em um especialista da rede, sendo que o médico da família consegue fazer isso?”, enfatizou.
A diretora ressalta ainda que esse fluxo é o mesmo usado em todos os municípios do Brasil. “Aqui algumas pessoas estavam acostumadas a serem atendidas diretamente por especialista, mas muitas vezes tinham que aguardar a agenda para que isso ocorresse. Por isso, agora, todas as unidades seguirão o fluxo determinado por portaria SUS, a qual determina o atendimento inicial com um médico da família e, depois, se necessário, encaminhado para um especialista”, explicou.
ENTÃO, COMO É O FLUXO?
Para casos simples, que não configuram atendimento de urgência e emergência (fraturas, sangramentos, cortes profundos e outros), a pessoa deve procurar uma Unidade de Saúde da Família (USF) no seu bairro (VEJA A LISTA AQUI).
Após uma triagem inicial, esse paciente vai passar por um médico da família que avaliará o quadro de saúde e determinará qual o tratamento a ser feito para o problema constatado ou, então, caso seja necessária uma avaliação especializada, encaminhará, via sistema, para um médico da área a qual o paciente precisa de mais atenção.
“A intenção é que a população receba atendimento rápido e não precise ficar esperando dias para ver um problema simples que o médico da família pode resolver. Mas, sem deixar de ter, claramente, o atendimento especializado. Além disso, dessa forma, conseguimos deixar as vagas especializadas para quem de fato precisa, otimizando o atendimento em todos os sentidos”, finalizou Andréia.