A prefeita Marcia Moura (PMDB) participou da apresentação do Seminário de Diagnósticos do programa Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES), desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com o Instituto Votoratim, BNDES, Fibria e apoio da Prefeitura de Três Lagoas. A apresentação aconteceu na manhã desta quinta-feira (7), no auditório das Faculdades Integradas de Três Lagoas (AEMS) e contou o a participação de secretários municipais e demais autoridades.
O evento que conta também com apoio técnico socioambiental da empresa Synergia, tem como objetivo apresentar a metodologia do ICES, que analisa o município em quatro dimensões: Sustentabilidade Ambiental e Mudanças do Clima, Sustentabilidade Urbana, Sustentabilidade Fiscal e Governança e Competitividade. Este último módulo do projeto foi incorporado recentemente e será aplicado pela primeira vez em Três Lagoas.
Abertura
Marcia Moura falou sobre a importância do programa, que vai trazer inúmeras melhorias a médio e longo prazo, um legado de sua administração para o município. “Esse é um momento de satisfação, Três Lagoas tem que agradecer porque terá um crescimento organizado daqui em diante. Agora, com o apoio profissional de técnicos vamos saber como onde e como preencher os vazios urbanos e identificar quais áreas da cidade precisam de mais serviços. Esse estudo vai fazer com que continuemos sendo a cidade das oportunidades e que abraça as pessoa que aqui chegam”, comemorou. Ainda em sua fala, a prefeita destacou a importância da parceria com o BIB e BNDES e informou que o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul já assinou o termo de aceite do ICES.
“Em 16 anos deixamos de ser uma cidade que tinha na pecuária sua base econômica e passamos a se a capital mundial da celulose e com ICES, vamos passar a ver a cidade de forma intersetorial para crescermos de forma sustentável”, disse Carmem Goulart, que aproveitou ainda para parabenizar a administração municipal pelo engajamento junto ao ICES.
Representando o ICES-BID, Marcia Casseb falou sobre o potencial de desenvolvimento do município. “Três Lagoas precisa de orientação para se tornar uma cidade sustentável e com essas importantes parcerias que conseguiu entre o setor privado e administração municipal, vamos desnudar a cidade e discutir os principais tema. O desafio da sustentabilidade é pensar na cidade para todos e Três Lagoas está entrando numa rede de cidades latino-americanas que estão mudando o BID, que agora se preocupa também com esses temas e ajuda as cidades na busca pelas soluções”, explicou.
Para Luis Campos, representante do Instituto Votorantim, o grande protagonismo desse processo é da população a cidade. “Esse programa tem atendido importantes cidades no país e essa parceria com o BNDES e BID é um momento de maturidade do projeto. Trazer o ICES para Três Lagoas, que é a única cidade não capital, converge nesse amadurecimento”.
A jornalista Marisa Couitinho, da Fibria, disse que esse é um projeto da cidade, feito pela cidade para a cidade. “Esse programa de apoio à gestão pública vai ao encontro do compromisso da Fibria com a sustentabilidade, que é trabalhada dentro e fora da empresa. A Fibria encontrou nesses parceiros um meio de trabalhar em conjunto para um futuro possível”.
Apresentação da Metodologia
Katia Miller, do ICES BID apresentou a metodologia utilizada pelo ICES para a produção do plano de ação, última etapa antes das fases de pré-investimento e investimento. Explicou que a Iniciativa é aplicada em cidades emergentes de porte médio, que possuam de 100 mil a 2 milhões de habitantes com o objetivo de realizar um diagnóstico do município, levando em conta as informações sobre sustentabilidade ambiental e mudança do clima, sustentabilidade urbana, sustentabilidade fiscal e governança e dado sobre a competitividade da cidade.
O projeto iniciou em 2011 atendendo cinco cidades e atualmente, está em vigência em 16 municípios. É composto pelas etapas de preparação, análise de diagnóstico, priorização, plano de ação, pré-investimento, investimento e sistema de monitoramento.
Ao todo, 70 indicadores são investigados na fase de análise de diagnóstico, dos quais 40 são de sustentabilidade ambiental e mudança do clima, 55 de sustentabilidade urbana e 25 de sustentabilidade fiscal e governança. Cada um dos temas possui indicadores semaforizados, que por meio das cores, indica o grau de gravidade de cada aspecto. Esse sistema ajuda a identificar quais as prioridades que devem ser adotadas no plano de ação.
Presenças
Estiveram presentes os secretários municipais de Assistência Social, Maria Lúcia Firmino; Educação, Jussara Fernandes; Saúde, Eliane Brilhante; Esporte, Walter Dias; Trânsito, Milton Silveira, Administração, Ruiller César Ferreira Dias; Desenvolvimento Econômico, André Milton; o assessor jurídico Clayton Mendes e a chefe de gabinete Silvania Bersani.
Representando o Legislativo, estiveram no evento os vereadores Nilo Cândido, Welton Irmão e Jorge Martinho. Também acompanharam o seminário o Promotor de Meio Ambiente, Antonio Carlos Garcia de Oliveira; Amilson Torres, assessor do Procon; Paulo Renato, da Defesa Civil; Atílio D’agosto, da Associação Comercial e Industrial; Dirceu Deguti, da Agesul; Fátima Montanha, do CIAT, além de representantes de sindicatos, OAB e associação de bairros.
Programação
O Seminário de Diagnósticos do Programa Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES) acontece também no período da tarde. Serão realizados painéis de discussão sobre os temas: Qualidade da água, saneamento e drenagem; Gestão de resíduos sólidos e geração de energia; Desigualdade Urbana; Uso do solo e ordenamento territorial; Impostos e autonomia fiscal; Dívida e gestão do gasto público; Apoio Empresarial; Ambiente de negócios e competitividade econômica.
Na sexta-feira (8), os painéis de discussão vão abordar os seguintes temas: Qualidade do ar e mitigação da mudança climática; Redução da Vulnerabilidade diante de desastres naturais no contexto da mudança climática; Mobilidade urbana e transporte; Infraestrutura de serviços: educação, saúde e segurança; Gestão pública moderna; Gestão pública participativa e transparência; Emprego; Infraestrutura, investimento e conectividade (internet e telefonia).
Assessoria de Comunicação | Larissa Lima