Nas últimas semanas, a contar pelas notícias veiculadas pela Imprensa e pelas redes sociais e registradas nas páginas policiais, cresceram muito, em Três Lagoas, os números de violência contra a mulher, chegando à triste repetição de casos máximos de barbáries e atrocidades do feminicídio consumado e suas tentativas.
Ao lado dos casos que viraram notícias, existem muitos outros mais com inúmeras vítimas silenciosas, cujo medo e terror as impedem de tornar essa violência pública, deixando assim de pedir ajuda a órgãos e entidades apropriadas para esse fim, como é o caso do Centro de Referência de Atendimento à Mulher, Vítima de Violência – CRAM “Halley Coimbra Ribeiro Junqueira”, serviço público da Diretoria de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) de Três Lagoas.
NÚMERO DE ATENDIMENTO
Inaugurado em meados de março, o CRAM de Três Lagoas, até outubro, ou seja, em pouco mais de sete meses de atendimento ao público feminino, acolheu 409 casos de violência contra as mulheres. Só neste período, foram ofertados 340 atendimentos às vítimas de toda a espécie de violência.
REDE DE ATENDIMENTO
Em Três Lagoas, junto com o CRAM, instalado na Rua Joaquim Martins, número 603, Bairro Santos Dumont, as mulheres também podem contar com os serviços do CMDM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher); seis unidades CRAS (Centro de Referência de Assistência Social); CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social); PROMUSE – Programa Mulher Segura, mantido pela Polícia Militar; e Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), situada na Rua Oscar Guimarães, número 1655, Bairro Lapa.
EQUIPE DO CRAM
“À medida em que as mulheres confiarem e entenderem a seriedade e responsabilidade dos serviços da nossa equipe, a realidade e resultados da violência podem mudar em Três Lagoas, porque temos uma equipe de profissionais preparados, dedicados e competentes para o fortalecimento dos direitos e dignidade das pessoas que nos procuram, vítimas de violência”, comentou a coordenadora do CRAM, psicóloga Aline da Rocha Schultz.
A equipe do CRAM é formada por: Coordenação; Psicóloga; Assistente Social; Pedagoga; Cuidadoras; Técnica Administrativa; Advogado; Vigias Patrimoniais (plantão); e Auxiliar de Limpeza (terceirizada).
EXPEDIENTE
O atendimento normal é de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h. O telefone do CRAM é o 3929-9986. A equipe também atende em regime de plantão (24h), incluindo sábados, domingos e feriados, pelo telefone (67) 99274-4942.
SERVIÇOS
Entre as principais ações do CRAM, estão a oferta de acolhida e a identificação do tipo de violência; identificar e providenciar respostas imediatas às necessidades específicas de cada mulher; orientações e escuta qualificada de profissionais qualificados para essas finalidades; atendimento individual e em grupos; e acompanhamento e encaminhamentos necessários a cada caso da mulher, vítima de violência.
Como observou a psicóloga Aline, “atendemos vítimas de todas as formas de violência, sexual, física, patrimonial, psicológica e moral”, relatou.
“É importante ressaltar que, na maioria dos casos, as mulheres vítimas de violência, de modo equivocado, só reconhecem que são vítimas quando sofrem violência física e desconsideram os danos causados pelos demais tipos de violência”, explicou a coordenadora do CRAM.
“Infelizmente, em Três Lagoas, entre os casos atendidos pelo CRAM, os de maior incidência continuam sendo a violência física e psicológica contra as mulheres”, completou Aline.
A equipe do CRAM avalia que, “as vítimas de violência contra as mulheres estão tendo mais coragem para denunciar o agressor e fazer justiça, porque se sentem mais amparadas e protegidas pela legislação, instituições e serviços que estão disponíveis em Três Lagoas”.
LIVE
A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), com apoio da Diretoria de Comunicação Social da Secretaria Municipal de Governo e Políticas Públicas (SEGOV), realizará uma live às 10h desta quarta-feira (25) com o foco no Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, por meio da Página Oficial do Município no Facebook.