A maior fábrica de Mato Grosso do Sul, instalada em Três Lagoas, iniciou sua operação na última segunda-feira (30). A Votorantim Celulose e Papel (VCP) já emprega cerca de dois mil trabalhadores diretos e indiretos. A indústria de celulose deve gerar um aumento de 300% no Produto Interno Bruto (PIB) do município, e no Estado o crescimento previsto é de 13,5%.
De acordo com a direção da empresa, o funcionamento da fábrica começou um mês antes do previsto e com orçamento dentro do planejado, totalizando um investimento de R$ 2 bilhões em toda a planta industrial. A licença ambiental de operação da fábrica foi entregue pelo governador André Puccinelli (PMDB), juntamente com a prefeita Simone Tebet (PMDB), ao diretor presidente da VCP, José Luciano Duarte Penido, no dia 23 de março.
De acordo com Penido, a maior planta de celulose com uma única linha de produção do mundo, deverá atingir sua capacidade máxima, 1,3 milhão de toneladas anuais de celulose de eucalipto, até o final do ano.
O Projeto Horizonte, como foi batizado, faz da unidade da VCP de Três Lagoas, empresa do Grupo Votorantim, um dos maiores players do país. Mais de 90% de sua produção de 1,3 milhão de toneladas anuais de celulose de eucalipto será exportada para 55 países e o restante vai abastecer as prateleiras nacionais.
Construção
A construção da unidade fabril da VCP iniciou em fevereiro de 2007. Para concretizar a atração deste grande investimento, a Prefeitura trabalhou com a gestão de incentivos fiscais por parte do Município e também incentivos por parte do Estado. Outros fatores também contribuíram para a implantação da fábrica de celulose no município. A facilidade para o escoamento da produção, com logística de transporte por via rodoviária e ferroviária, foi um dos grandes atrativos para a empresa, além da localização geográfica privilegiada da região, na divisa com o Estado de São Paulo.
Do período de início da construção até a partida da planta nesta semana, Três Lagoas teve um incremento em diversos setores de sua economia, incluindo o aquecimento das vendas do comércio local, geração de milhares de empregos em empresas de prestação de serviços, abertura de novas empresas e atração de novos investimentos, aumento do número de cursos de qualificação de mão-de-obra. A cidade também comportou neste período, quando a construção da fábrica atingiu seu ápice, um montante de dez mil trabalhadores.
Segundo José Luciano Penido, hoje a fábrica da VCP possui 140 mil hectares de florestas de eucalipto e mais 60 mil hectares de florestas preservadas, o que poderá futuramente se tornar uma nova fonte econômica para o município, a de turismo ambiental, como observou o diretor presidente.
A inauguração oficial da unidade da VCP em Três Lagoas, conforme informação de Penido, deverá acontecer daqui a três ou quatro meses.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO