A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas, por meio da equipe do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, coordenada pela enfermeira Sebastiana Garcia de Freitas Tosta, vem intensificando as ações de prevenção e conscientização da Hanseníase.
Para tanto, neste mês, intitulado desde 2016 pelo Ministério da Saúde como “Janeiro Roxo”, a equipe do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, acompanhada da médica dermatologista Maria Angélica Gorga, está percorrendo as Unidades de Atenção Primária de Saúde, instaladas nos bairros.
A exemplo do que já foi realizado na unidade de Estratégia de Saúde da Família – ESF do Paranapungá, na manhã desta quinta-feira (09), a dermatologista e a enfermeira do Programa de Hanseníase já estiveram na ESF Interlagos e na ESF Santo André.
Amanhã, sexta-feira (10), será a vez da ESF Vila Piloto, em seguida, na segunda-feira (13), na ESF Santa Rita; na quarta-feira (14), no Jardim Atenas; e na quinta-feira (16), na ESF Vila Haro. Oportunamente serão divulgadas as datas para as demais unidades de Atenção Primária.
AÇÕES
Neste “Janeiro Roxo”, as ações visam, em primeiro lugar, “o treinamento prático na avaliação de pacientes com suspeitas de Hanseníase, junto aos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que trabalham nas unidades”, explicou a enfermeira Sebastiana.
Para o paciente com Hanseníase, o diagnóstico, acompanhamento e tratamento passam a ter suporte na unidade de Saúde da área de abrangência do bairro em que ele reside, como explicou a enfermeira Sebastiana.
“São ações de educação e prevenção, porque quanto mais cedo a Hanseníase é diagnosticada, mais eficiente se torna o tratamento”, comentou a médica dermatologista Maria Angélica, enquanto orientava os profissionais da Saúde.
“Graças à intensificação de campanhas como esta, estamos sensibilizando as pessoas a procurarem orientações e diagnóstico precoce de doenças que têm cura, quando descobertas a tempo”, ressaltou a médica.
Na área de abrangência da ESF Paranapungá, como informou a coordenadora da Unidade de Saúde, enfermeira Lânia Rombi Fernandes de Souza, duas pessoas estão em tratamento e uma teve alta no ano passado.
´”É uma excelente ideia a de descentralizarmos o tratamento da Hanseníase, que passa a ser parte das atenções da Atenção Primária. É uma questão de humanização e dignidade. Ganha com isso o paciente que passa a ser mais bem acolhido”, comentou a enfermeira Lânia.
INDICE
O município de Três Lagoas é tido pelo ministério da Saúde como um município “com índice muito alto” de casos de Hanseníase, considerando que estamos no patamar de 23 casos para 100 mil habitantes.
Em 2019, foram 28 novos casos da doença e 31 pessoas continuam em tratamento. Entre eles, um menor de 15 anos e três dos casos são recidivos, ou seja, as pessoas estavam curadas e voltaram a contrair a doença.
A Hanseníase tem cura, mas ainda hoje representa um problema de saúde pública no Brasil. A doença se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés.
Como alertam os profissionais da Saúdem os sinais da Hanseníase são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Também podem ocorrer caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas, entupimento nasal e problemas nos olhos.