Os extratos do primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti de 2018, em Três Lagoas, realizado no período de 8 a 16 de janeiro, mostram que o Índice de Infestação Predial (IIP) do vetor da Dengue é considerado de “baixo risco” e avaliado como “satisfatório”.
Pelos critérios de avaliação, adotados pelo Ministério da Saúde, no controle da dengue e monitoramento do mosquito Aedes aegypti, os extratos do LIRA identificam onde estão localizados os vetores predominantes e a situação do grau de infestação.
Essa avaliação é realizada, periodicamente, de dois em dois meses e os resultados do primeiro LIRA de 2018 foram divulgados nesta semana.
Como consta nos extratos, o IIP é de 0,8% e o maior número de focos de criadouros do mosquito foi localizado em amontoados de lixo, ou seja, nos recipientes de plástico, tampinhas de garrafa, latas, sucatas e entulhos.
O último LIRA de 2017, realizado no final de novembro e início de dezembro mostrou IIP de 0,5%.
Para a amostra dos extratos do LIRA, foram visitados 2.311 imóveis urbanos e, em 19 deles foram localizados 23 depósitos positivos do Aedes aegypti, como informou o coordenador do Setor de Endemias da Diretoria de Vigilância e Saneamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alcides Divino Ferreira.
“Apesar de vivermos um período de chuvas intensas, os resultados do LIRA são considerados satisfatórios e demonstram que vivemos numa situação temporariamente confortável e de baixo risco de epidemia de dengue”, avaliou.
“No entanto, isso não quer dizer que podemos cruzar os braços e reduzir a continuidade das ações de combate à dengue e outras doenças”, ressaltou Alcides.
BAIRROS MAIS INFESTADOS
Como mostrou o coordenador do Setor de Endemias, infelizmente, em alguns bairros, os índices de infestação do Aedes aegypti continuam elevados e deverão continuar recebendo ações diretas de enfrentamento ao mosquito transmissor de doenças.
Segundo os extratos do LIRA, realizado pelas equipes dos Agentes de Combate às Endemias da SMS, entre os cinco bairros mais infestados, o Bairro Interlagos possui o mais elevado IIP, que é de 7,5%.
Como consta nos extratos do LIRA, dos 1.734 imóveis existentes nessa micro área, 53 foram visitados pelos Agentes de Endemias e localizados seis focos criadouros do Aedes aegypti.
Em segundo lugar de infestação está o Bairro Jardim Imperial, com 6,9%; Vila Maria, nas proximidades da Vila Haro, 3,8%; Alto da Boa Vista com 3.7%; e Santa Luzia, 3,4% de IIP.
CONQUISTAS
Entre as conquistas alcançadas pelas equipes do Setor de Endemias está a conscientização dos moradores quanto à importância de manterem tampados os reservatórios elevados de água, as caixas d’água. Pelos extratos do LIRA, em nenhuma delas foi encontrado foco de mosquitos.
“No entanto, continuam os criadouros em bueiros e em pequenos depósitos móveis, como vasilhas de água para cães e gatos, tampinhas de garrafa pet e outros”, lamentou Alcides.
O coordenador do setor de Endemias ressaltou que, os resultados do LIRA são importantes, não só para direcionar as ações de trabalho das equipes da Saúde, mas também para a população como um todo, especialmente, os proprietários dos imóveis, onde foram localizados os focos do Aedes aegypti.
“A responsabilidade do enfrentamento do mosquito Aedes aegypti é de toda a população e não só das equipes da Saúde. Cabe aos donos dos imóveis cuidarem da limpeza de seus quintais e das suas casas, recolhendo tudo o que possa ser favorável à proliferação de mosquitos”, observou.
“Uma simples tampinha de garrafa plástica ou de vidro, sacolinha de supermercado, caixa d’água destampada ou qualquer objeto que possa armazenar água são perigosas situações favoráveis à proliferação do mosquito da dengue”, alertou Alcides.
Fotos arquivo/SMS
Diretoria de Comunicação