O Setor de Imunização da Secretaria de Saúde do Município de Três Lagoas informa que ainda está disponível em todas as unidades básicas, a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) para meninas na faixa de 9 a 14 anos de idade.
Desde segunda-feira (19), profissionais de Saúde das unidades básicas iniciaram o trabalho de sensibilização para reforçar a importância da vacina, assim como, aplicar a dose. O dia D será 24 de setembro, sábado, na mesma data da Campanha de Multivacinação. As ações encerram no dia 30 deste mês.
Segundo a coordenadora do setor, Humberta Azambuja, a meta anual é de 2.487 vacinações e até o momento foram aplicadas 663 doses, ou seja, 26,6% correspondente ao total do grupo vacinal. “É importante que as famílias tenham consciência de que esta vacina é essencial para a saúde. As meninas que ainda não tomaram a dose neste ano, deverão levar a carteira de vacinação para que recebam a vacina e evitar futuras complicações”, salientou.
HPV
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18, que são de alto risco para o desenvolvimento câncer do colo do útero. Estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. O Instituto Nacional do Câncer estimou no ano de 2015 o surgimento de 15 mil novos casos.
Inicialmente assintomática, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.
CÂNCER
O câncer do colo do útero é o terceiro tipo que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Portanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
Assessoria de Comunicação