
Nesta segunda-feira (16) a Prefeita Simone Tebet (PMDB) participou de uma entrevista coletiva com representantes da Votorantin Celulose e Papel (VCP) e da International Paper (IP) para explanar à imprensa sobre os aspectos positivos e negativos da instalação das fábricas da IP/VCP em Três Lagoas. A coletiva contou com a presença de José Luciano Penido, diretor-presidente da VCP, o diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da International Paper, Luis Fernando Madella, do presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas Wanderley Duarte, do vice-prefeito Luiz Akira e dos vereadores Rialino (PMDB), Cláudio César (PMDB), Tonhão (PV), Jorginho (PSDB) e Aguirre (sem partido), além de Secretários Municipais.
O diretor presidente citou a troca de ativos confirmada no último dia 19 de setembro com a IP ao abrir a entrevista. O acordo fechado entre as duas empresas garante uma fábrica de papel e celulose localizada em Luiz Antônio-SP à IP que, em troca, a VCP ficará com a base florestal existente na região de Três Lagoas. Penido informou à imprensa que o lançamento da Pedra Fundamental, que anuncia o início da construção da fábrica de papel e celulose está marcado para o dia cinco de dezembro deste ano.
Para Penido, a VCP vai contribuir muito com o desenvolvimento da região, dizendo que a empresa não vai permanecer apenas alguns anos em Três Lagoas. Vamos crescer juntos com a cidade, viemos para ser cidadãos três-lagoenses.
Crescimento
Penido esclareceu que a VCP deve plantar no próximo ano cerca de 30 mil hectares de eucalipto por ano, investimento que deve variar entre US$30 e US$40 milhões, pouco a mais que a IP que investe atualmente cerca de US$25 milhões. A produção de celulose da fábrica será voltada para a exportação, uma vez que o mercado brasileiro ainda é muito pequeno para este produto, apenas 9% de toda a produção nacional permanece no país. Segundo o diretor-presidente, o consumo de papel por pessoa no Brasil é de cerca de 40 kilos por ano, quantidade considerada baixa se comparada ao consumo de papel de alguns países da Europa, que ultrapassa 200 kilos.
Desenvolvimento Sustentável
O diretor-presidente disse também que a VCP vai trabalhar buscando três tipos de resultado: econômico, social e ambiental. O nosso empreendimento na região vai produzir celulose altamente competitiva no mercado, sem descuidar do controle dos impactos ambientais e da inserção da população na industrialização que a vinda da fábrica vai gerar, explicou.
Ele assegurou que não faltarão oportunidades para que seja realizada futuramente, parceria com a prefeitura e com organizações não governamentais com o objetivo de auxiliar em projetos sociais. Penido citou que a VCP possui o Instituto Votorantin que trabalha com jovens, desde a infância até a inserção no mercado de trabalho.
Contratações
A geração de empregos foi citada pelo diretor-presidente como um dos principais desafios assumidos pela IP e pela VCP. Segundo ele, já nos próximos meses serão desenvolvidos projetos de seleção e recrutamento e, posteriormente, treinamento dos futuros contratados. Penido esclareceu que até o início da fase pré-operacional, no segundo semestre de 2008, os funcionários deverão estar devidamente treinados. Nossa intenção é privilegiar os moradores da região. Em relação aos salários Penido complementou que a empresa se apóia em critérios como o nível de conhecimento do funcionário, a responsabilidade atribuída e às funções desempenhadas.
Impactos ambientais
Questionado sobre os impactos ambientais da construção da fábrica, Penido tranqüilizou a imprensa em relação ao mau cheiro exalado, geralmente por fábricas de papel. A VCP possui tecnologia moderna para a produção de celulose que não gera odor desagradável. Ele complementa que a unidade localizada em Jacareí-SP possui voluntários que permanecem atentos a qualquer alteração e informam a direção da fábrica. O odor estranho significa que a nossa tecnologia deve ser revista, pois não está trabalhando bem, salienta. A VCP realiza ainda a reciclagem dos efluentes. Citando ainda a unidade de Jacareí, o diretor-presidente afirma que a fábrica daquela cidade gera menos efluente do que o esgoto do município.
Assessoria de Comunicação