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A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e ação prática do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD), também conhecido como CAPS II, promoveu encontro de informações e discussão sobre Depressão e Suicídio, no período da manhã desta quarta-feira (10).
O encontro, com a participação de coordenadores e profissionais, mais diretamente ligados aos dois CAPS, mantidos pela Secretaria Municipal de Saúde, foi realizado no Centro Cultural Professora Irene Marques Alexandria.
Além da apresentação do trabalho, que é realizado diariamente no CAPS-AD, o encontro contou com duas palestras, informando questões básicas do significado da Depressão e do Suicídio, abrindo espaço para perguntas e esclarecimentos sobre esses dois importantes temas.
A temática Depressão e Suicídio foi proposta pelo Ministério da Saúde, para esclarecimentos e conscientização nacional desse problema de saúde pública, para o Dia Mundial de Saúde Mental, celebrado nesta quarta-feira.
Organizado e coordenado pela psicóloga do CAPS-AD, Mari Eurípedes Armani, o encontro teve a participação do psicólogo e hipnoterapeuta, Márcio Diniz Tavares, e da psicóloga do Centro de Especialidades Médicas (CEM), Luciana Assi de Lima.
Coube ao psicólogo Márcio a palestra sobre Depressão Estudos de Casos. Ele iniciou sua exposição do tema dizendo que, na vida, não estamos livres de tempestades inesperadas. Num vendaval, algumas árvores permanecem em pé e outras são derrubadas. A depressão surge em decorrência de alguma tempestade que não conseguimos suportar, disse.
Nessas situações, as pessoas se sentem desamparadas e frágeis, explicou o psicólogo. Segundo ele, aqueles que não possuem flexibilidade para contornar e solucionar os problemas são os que mais estão sujeitos à depressão.
Segundo orientou o psicólogo, passamos dias, meses, anos, suportando pesos, pequenos e grandes problemas, que acabam se transformando em depressão.
O conselho é que a gente pode e deve desfazer-se dos pesos. E o primeiro passo a dar é identificar e reconhecer o que está prejudicando a nossa vida, recomendou.
SUICÍDIO
A palestra sobre suicídio foi proferida pela psicóloga Luciana, que expôs as principais noções sobre essa questão, que hoje é tido como problema de saúde pública.
Segundo ela, o suicídio, entre outras causas, está associado à impossibilidade que a pessoa tem em identificar outras alternativas para a solução de seus problemas e conflitos. Como fuga, opta pela morte.
Para que a família e os profissionais da Saúde estejam atentos, Luciana alertou que, maioria das pessoas que cometem suicídio dá dicas de comportamento ou já procuraram ajuda. Infelizmente, às vezes, as pessoas não dão ouvidos.
A psicóloga informou que a maior incidência de tentativas e de suicídios está na faixa etária dos 15 aos 33 e aos 75 anos de idade. E o número de tentativas é pelo menos 10 vezes maior que o número de suicídios.
No Brasil, apesar de possuir as menores taxas de suicídio do Mundo, o estado do Rio Grande do Sul é o que registra o maior número de casos.
No Mato Grosso do Sul, Amambai está entre as cidades com maior índice de suicídios e a população indígena do MS e do estado de Amazonas representa 81% dos suicídios que ocorrem no Brasil.
Além das dicas para detectar possíveis tendências ao suicídio, a psicóloga Luciana recomendou que o principal para ajudar essas pessoas é acolhê-las, não emitir julgamento e tratá-las com respeito e cordialidade e manifestar empatia com as emoções.
assessoria de Comunicação