“Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS”, Ano V- Número 08 – Dezembro de 2019. Esta é a Revista do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que publicou a experiência da farmacêutica Munisa Golin Penteado, em seu trabalho de atendimento à população de Três Lagoas, na unidade de Estratégia de Saúde da Família – ESF “Gabriel Marques Fernandes”, no Bairro Interlagos.
Como relata a farmacêutica Munisa, “minha experiência tem o objetivo de contribuir para que sejam feitos estudos e intervenções, visando a melhoria da qualidade de vida das pessoas que apresentam doenças crônicas a fim de tentar reduzir o número de internações, priorizando os pacientes hipertensos e diabéticos”, resumiu.
Na unidade Interlagos, como é informado no artigo da referida revista, estão cadastrados 538 pacientes hipertensos e 67 pacientes diabéticos no Programa Hiperdia.
Além de relatar sua experiência profissional de atenção especial a esses pacientes e que despertou o interesse do CFF, a farmacêutica Munisa faz também neste artigo uma resumida divulgação da estrutura da Rede de Saúde Pública de Três Lagoas, incluindo os investimentos da atual gestão na reestruturação da atenção farmacêutica em todas as Unidades de Atenção Primária.
“O Município conta atualmente com 22 farmácias públicas distribuídas entre as ESF, clínicas, EACS e unidade do sistema prisional. Além das farmácias, o município possui uma Central de Abastecimento Farmacêutica (CAF), gerenciada por dois farmacêuticos, responsáveis pelo planejamento, recebimento, conferência, armazenamento e distribuição dos medicamentos, e uma Farmácia dos Medicamentos Especiais, responsável pelos medicamentos de alto custo”, informou a farmacêutica.
Em 2017, estava prevista no orçamento a compra de R$ 876.378,42 em medicamentos. No entanto, até novembro de 2017, foram investidos R$ 1.563.432,88 na compra de medicamentos.
EXPERIÊNCIA DE ATENDIMENTO
Em seu trabalho de atenção farmacêutica na unidade Interlagos, Munisa logo notou “a necessidade de um atendimento diferenciado no local, principalmente para os idosos que tinham maiores dificuldades de adesão ao tratamento”, relatou.
Pela sua experiência de farmacêutica, Munisa também contou que, “durante os atendimentos, notou-se que a maior parte das queixas de pacientes estava relacionada aos horários de administração dos medicamentos e, além disso, a maioria dos pacientes deixava de administrar algum medicamento”.
Perante a constatação dessas principais dificuldades, como relata a farmacêutica Munisa no seu artigo publicado pela citada revista, “realizou-se a elaboração da Caixa para Medicamentos e a criação de etiquetas explicativas com o objetivo de auxiliar na adesão ao tratamento e estimular o autocuidado, facilitando a identificação dos horários dos medicamentos, principalmente entre os pacientes analfabetos e idosos”.
Nessa experiência, os medicamentos ficam divididos em três horários, facilmente identificados com figuras relacionadas ao café da manhã, o almoço e o jantar, como mostrou a farmacêutica.
Para a obtenção de resultados na implantação dessa experiência, junto com o apoio da coordenadora da ESF Interlagos, enfermeira Fabrícia Zuque, a farmacêutica Munisa tem contado também com o apoio e participação das equipes de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que visitam periodicamente os pacientes em suas casas.