A prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet (PMDB) recebeu o Relatório de Diagnóstico Ambiental realizado pela Empresa GEOSUL Geoprocessamento e Meio ambiente Ltda, relativo aos trabalhos para criação e implantação de uma unidade de conservação, do grupo de uso sustentável, na categoria de área de proteção ambiental do Parque Natural Municipal das Três Lagoas.
O estudo ambiental detectou a situação atual das lagoas localizadas no município e que dão origem a seu nome, apontando benefícios e condições de conservação do meio ambiente.
De acordo com Abrahão Malulei Neto, engenheiro agrônomo e coordenador geral do estudo ambiental, foi analisado o meio biótico das lagoas. O estudo verificou o solo, a água, animais e a vegetação para que seja criada uma futura unidade de conservação.
Malulei explicou que o estudo é uma preparação para transformar a região das três lagoas em área de proteção ambiental e dar embasamento a futuras benfeitorias. O diagnóstico apresenta embasamento para futuros empreendimentos e crescimento da cidade.
O engenheiro ressaltou a importância e a influência das lagoas para a cidade. Parece que não, mas as lagoas são muito importantes para a população. E, é necessária uma organização para que haja interação.
Abrahão Malulei Neto acredita que a falta de urbanização das duas lagoas menores evitam a utilização. O novo projeto promoverá um maior desenvolvimento na região, avaliou.
O secretário de Indústria, Comércio, Turismo, Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Cristovam Lages Canela avalia o estudo como extremamente necessário e decorrente da previdência da administração municipal.
Canela esclareceu que o estudo favorece a realização do projeto arquitetônico do Parque das Lagoas com sustentabilidade. É basilar este diagnóstico técnico para a realização das obras do Parque, respeitando plenamente nosso meio ambiente, sem que haja prejuízo àquele ecossistema.
De acordo com Canela, os recursos para a execução do projeto já foram disponibilizados. A legislação ambiental admite, no capítulo que trata da compensação, que os recursos possam ser alocados no Estado, seguindo uma definição da Câmara de Compensação da Secretaria de Estado de Mio ambiente. Deste modo, tivemos no passado recente inúmeras verbas compensatórias, que embora fossem pertinentes a impacto em Três Lagoas acabaram sendo direcionadas a outros municípios, explicou.
O secretário também destacou o valor sentimental da população em relação às lagoas. Sempre que se toca no nome das lagoas, as pessoas ficam mais sensíveis. É o símbolo da cidade.
Canela lembrou que com as discussões sobre aquecimento global, déficit de recursos naturais e a presença do homem como fator predatório, toso este trabalho repercute na valorização dos recursos naturais de Três Lagoas. Com o parque das Lagoas, a Administração Municipal dá um passo importante no desenvolvimento sustentável do município.
Para o secretário, agora é aguardar o prazo de finalização do projeto e os trâmites para a licitação e início das obras.
Otony Ávila Ornellas, geógrafo, destacou que o estudo é fundamental como base de pesquisa técnica e sócio-econômico. Através deste trabalho viram que é possível aproximar as lagoas.
Para o geógrafo, um trabalho como este mostra que o projeto é viável não apenas em questões do meio ambiente, mas socialmente. 100% da população quer a preservação das lagoas.
Ornellas informou que o trabalho apontou a importância das lagoas como patrimônio histórico, meio ambiente, turístico e carência de área de lazer. A população quer infra-estrutura. E, a urbanização da lagoa vai dar oportunidade para que as pessoas a utilizem.
Para Ornellas o relatório é o trabalho mais completo sobre as lagoas. Dá um respaldo sócio-econômico para que a administração realize a construção do parque, enfocou.
Ornellas recordou que muitas pessoas não se lembram da lagoa maior antes da revitalização. A lagoa era marginalizada. Por incrível que pareça muitas pessoas não conhecem as lagoas menores, finalizou.
Crescimento
Os estudos realizados para a implantação do Parque das Lagoas esclarecem que a região deverá ser destinada para construção de residências e atividades de lazer e turismo. Fábricas e Indústrias que gerem resíduos não devem ser construídas na região. O esgoto das residências deverá ser coletado, alertou.
Malulei acredita que por se tratar de uma região nobre, a área das lagoas menores, futuramente deverá abrigar condomínios diferenciados. Será um novo crescimento da cidade, uma expansão.
Cristovam Lages Canela enfocou a importância de não visualizar a Lagoa Maior de forma isolada. É preciso contextualizá-la, ou seja, observar que ela sofre influência do seu entorno. Neste sentido a administração municipal foi muito cuidadosa ao buscar recursos para obras de pavimentação asfáltica que contemplam praticamente todas as vias de acesso, desde o espigão até a lagoa, permitindo que as águas das chuvas cheguem mansamente à lagoa, sem trazer terra e resíduos que provocam o assoreamento.
Política
O agrônomo também destacou a sensibilidade política da prefeita Simone Tebet em cuidar do meio ambiente. Os políticos deixam o ambiente por último, ela não. E acrescentou: A prefeita está tendo consciência para que haja o desenvolvimento sustentável.
Malulei ressaltou a atenção que a prefeita dá ao meio ambiente. Ela quer que o desenvolvimento aconteça sem que atrapalhe a riqueza natural que Três Lagoas possui.
Dados
O Diagnóstico Ambiental foi elaborado através de pesquisa que envolveu o levantamento de dados secundários, por meio de bibliografia, arquivos e outras fontes de informação.
A necessidade de criação de áreas verdes urbanas justifica a criação da unidade de conservação proposta pelo município. O documento relata a utilização da lagoa maior e destaca o interesse da população em manter e aproveitar as áreas.
Mesmo a lagoa maior, que possui certa infra-estrutura, necessita de ações para a melhoria.
As duas lagoas menores se encontram em estado de abandono, com muito lixo e entulho em suas margens, além de construções irregulares.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO