Em Três Lagoas, dependentes químicos que sentem a necessidade de se afastarem do vício encontram o apoio no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS – AD) para realizarem o tratamento e voltarem à vida normal. De janeiro a abril deste ano, 605 pacientes foram atendidos.
A coordenadora, Tânia Aparecida Dobre, disse que um dos processos de reinserção dos pacientes na sociedade é o serviço o encaminhamento para o mercado de trabalho com carteira registrada, retorno dos estudos e cursos de capacitações, relizado pela unidade. “A procura por um trabalho e a volta aos estudos deve ser incentivada. É fundamental ocupar o tempo em que o dependente fazia o uso das drogas com atividades saudáveis, seja com estudos, trabalho ou esportes”, destaca.
Para que o trabalho tenha sucesso, o CAPS AD conta com parceria de várias empresas em Três Lagoas que por indicação da unidade contratam o paciente que está em fase de recuperação. “A cada dia é uma vitória conquistada para com aqueles que aderiram ao tratamento no CAPS AD. Gostaríamos de agradecer às empresas que acreditaram em nosso trabalho, dando assim um retorno à vida social aos nossos pacientes. O nosso muito obrigado”, finaliza.
CARINHO E CUIDADO
Para Tânia, além da integração com a família, um dos primeiros passos para o processo de reinserção social é evitar o isolamento do usuário. “É uma ilusão achar que só a internação vai resolver o problema. Na verdade, a desintoxicação é só uma parte do tratamento, pois o mais importante é a reinserção social. É importante que o dependente saiba com quem pode contar”.
A coordenadora do CAPS AD explicou que a presença da família é importante durante todo o processo de tratamento da pessoa que apresenta dependência e fundamental também, na etapa da reinserção social do ex-usuário de drogas licitas e ilícitas. “Após o retorno ao meio familiar e social e o término da fase intensiva de tratamento, o fortalecimento das relações sociais positivas está diretamente relacionado à manutenção das transformações e das suas conquistas diárias, que é o recomeçar”, disse.
A coordenadora disse que é fundamental reconhecer que o paciente se encontra em um processo de recuperação de dependência, compreenda suas dificuldades e ofereça apoio para que o mesmo possa reconstruir sua vida social. “Durante o tratamento os familiares e amigos podem e devem apoiar o dependente, se possível com a ajuda profissional. O principal risco para um ex-usuário é se sentir sozinho, desvalorizado e sem a confiança das pessoas próximas. Por isso a importância da presença da família, acompanhando a evolução do paciente, participando das reuniões das famílias. Isso é essencial para a evolução do tratamento terapêutico do paciente”, disse.
Tânia deixa claro que a aproximação da família neste momento deve ser feita de modo efetivo, para que o paciente não volte a dependência química. “Não significa ser autoritário e bruto, apenas firme no propósito de manter o usuário longe das drogas. Acredito que é preciso dar espaço para a pessoa recomeçar. Não se trata de fazer de conta que nada está acontecendo, mas de não focar a pessoa só nisso”, disse.
Assessoria de Comunicação