
‘A prefeita Simone Tebet (PMDB) e os vereadores do município estão contestando os dados divulgados pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, referente a contagem populacional 2007.
De acordo com o IBGE, Três Lagoas possui atualmente 85.113 habitantes. Número bem abaixo do estimado pela Elektro, empresa de distribuição de energia elétrica do município, de 104 mil habitantes.
Luis Fausto, consultor institucional da Elektro, informou que Três Lagoas possui 32 mil residências com ligações de energia, sendo 27.292 na cidade e 1.949 na área rural. Se considerarmos que a média de pessoas por residência é de 3,56, o valor que se apresenta é superior a 104 mil habitantes, calculou.
A Prefeitura e a Câmara de Vereadores devem interpelar oficialmente o IBGE e solicitar que seja realizado novo censo, prevendo a alteração dos números divulgados. Para a prefeita Simone Tebet, o município hoje conta com uma população superior a 90 mil habitantes. Eu até poderia concordar se os números apresentassem uma população em torno de 95 mil habitantes, mas abaixo disso eu não acredito.
A contagem populacional é fundamental para o repasse do FPM Fundo de Participação dos Municípios.
Walmir Marques Arantes, secretário de Finanças e Planejamento, destacou o trabalho do IBGE. No meu modo de pensar, o IBGE é um órgão muito sério para dar oportunidade de desconfiarmos de sua credibilidade.
O secretário enfocou que um possível erro na pesquisa prejudicará toda a sociedade. Questionamos, porque os números que possuímos em Três Lagoas provam que a população é maior, afirmou.
Arantes informou que o cadastro imobiliário da Prefeitura registra 28.850 unidades residenciais. Cabe ao IBGE provar que estamos errados e explicar por que têm ruas que não passaram.
Perdas
O secretário de Finanças e Planejamento explicou que os números apresentados representam perdas ao município. Com 92 mil habitantes ganharíamos com o FPM
acima de 100 mil, ganharíamos com o PAC. Se existe erro do IBGE o município perde.
Arantes enfocou que grande parcela da população foi surpreendida com o resultado da pesquisa.
A metodologia aplicada também pode ser questionada. O IBGE não considera como parte da população as pessoas que res