A prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), começou a ofertar, nesta semana, tratamento com equoterapia. A modalidade é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo como instrumento cinesioterapêutico.
O uso de cavalos como forma terapêutica é recomendado para pessoas com doenças neurológicas e tratamento de pessoas com transtornos de neurodesenvolvimento.
As atividades acontecem duas vezes por semana no Recinto de Exposições “Joaquim Marques de Souza”. A equipe responsável pelo serviço é composta por seis profissionais, sendo: dois fisioterapeutas, um psicólogo, um equitador e dois auxiliares/guias.
O TRATAMENTO
O fisioterapeuta Eduardo Conti explica que, primeiramente, é realizada a avaliação do paciente para verificar qual o grau cognitivo e neurológico e qual programa será indicado para a terapia.
Eduardo explicou que a “Equoterapia é dividida em quatro programas, que são realizados conforme a evolução das sessões. Não existe um tempo mínimo e nem máximo para o tratamento.”
Esses programas são:
1º hipoterapia – para praticante que não tem condições de montar sozinho no cavalo;
2ª educação e reeducação – com uso de brinquedo lúdicos mediante as dificuldades cognitivas;
3ª equitação – praticante inicia o trabalho de rédeas (irá aprender a andar sozinho no cavalo, os comandos de tocar, virar, parar) e por fim, a última fase;
4ª esporte adaptado – quando o praticante começa a aprender o esporte de três tambores.
BENEFÍCIOS
“A mudança do meu filho foi total depois que começou a Equoterapia”, disse Carla Muriel mãe do Murilo Henrique de sete anos, que tem paralisia cerebral. “Ele evoluiu muito na postura, no medo do animal, equilíbrio, firmando e esticando o corpo. Antes você o colocava sentado e ele caia, agora consegue ter o reflexo de equilibrar”, ressaltou a mãe do paciente que faz todo tratamento no Município com acompanhamento também de fisioterapia e terapia ocupacional.
Miriã da Cruz é mãe da Gabrielly Vitoria, de 10 anos, disse estar empolgada com a terapia e espera ver a evolução da filha. “Tenho certeza que o tratamento vai ajudar na postura e comportamento dela, as vezes ela acaba ficando bem agitada. O Eduardo me explicou que o foco das sessões dela é tratar a lesão que ela está na coluna, a escoliose, devido a síndrome de Dravet.”
QUEM PODE PARTICIPAR
Podem participar da terapia crianças a partir de 02 anos de idade, o agendamento do paciente será realizado pela SMS, conforme a prescrição dos profissionais de saúde da Rede Municipal – médico psiquiatra e médico neurologista. Ao todo são oferecidas 40 vagas, para sessões semanais às terças e quartas-feiras, com duração de 30 minutos.
O paciente deve seguir o fluxo de atendimento como de qualquer especialidade, ou seja, passar pela Unidade de Saúde de seu bairro e depois ser encaminhado para o especialista indicado (neurologista e psiquiatra), que prescreverá o tratamento caso necessário.