Exatamente dois meses após ser inaugurada, a nova Praça da Bandeira já é alvo de depredação. Uma mesa redonda em granito e base de concreto, destinada aos jogos diversos, como truco, por exemplo, foi quebrada na madrugada de domingo para segunda-feira (14). A selvageria foi assistida por um vizinho que acordou devido à algazarra de algumas pessoas que bebiam e escutavam música no estacionamento da praça. Numa certa altura, segundo ele, duas mulheres resolveram dançar em cima da mesa, que acabou não suportando tanto peso.
A brincadeira resultou em prejuízo de aproximadamente 150 reais aos cofres municipais, conforme informou João Ferreira da Silva, encarregado da empreiteira Civilbrás responsável pela reforma da praça, que na tarde desta quarta-feira (16) providenciou a substituição da base destruída. Até agora já foram colocadas quatro das oito mesas previstas para o local.
Revolta
A população se revoltou com a ação dos vândalos. É um absurdo destruir as coisas assim, disparou a atendente Cristiane Silva. Conseguiram deixar a praça tão bonita e agora vêm uns desocupados que, em vez de conservar, só sabem destruir, revolta-se.
Para Alcides Valadão, essa é uma ação de alguém que não tem consciência do benefício que a praça representa para si mesmo. Se fossem localizados os autores, eu entendo que eles deveriam ser obrigados a arcar com o prejuízo e colocar outra mesa no lugar, alfinetou.
A mesma opinião é defendida pelo taxista Aparecido Alves da Silva. Isso é atitude de moleques que não têm o que fazer e ficam na rua quebrando as coisas públicas, criticou. Quanto à nova praça, ele disse que ficou 100% melhor, principalmente, pela sua modernidade.
Mais revoltado de todos, o vigia Carlos Alves dos Santos defende que os vândalos deveriam ser colocados atrás das grades. O pior é que somos nós mesmos que arcamos com o prejuízo, já que o dinheiro investido aqui é nosso, disse.
Em minha opinião isso é comportamento de alguém que não teve educação em casa, analisou a professora Leobina Moura. Para ela, em parte, isso é culpa dos pais, que ultimamente andam muito distantes no que se refere à educação dos filhos. Os filhos hoje são criados pelas babás, pelas escolas e pelas creches e acaba resultando nisso, ponderou. Além disso, ela classificou o ato como um grande descuido para com o que é público.
Na opinião de Paulo Ricardo, trabalhador rural, a violência em Três Lagoas está desproporcional ao seu tamanho. Ele entende que se a segurança pública for melhorada, ainda há tempo de recuperar a cidade. Na maioria das vezes, a polícia se preocupa muito com o trânsito e acaba deixando o vandalismo e a violência correr soltos, denunciou.
Surpreso com o vandalismo, o comerciante Alberto Tono defende a opinião de que se deve reforçar a vigilância na praça, senão logo tudo aqui estará destruído, alertou.
Antes eu nunca tinha visto tantas famílias reunidas nesta praça, por isso eu acho que ela tem que ser cuidada com muito carinho, finalizou.
Assessoria de Comunicação