Desde junho do ano passado, as Unidades de saúde dos bairros de Três Lagoas e algumas unidades especializadas tornaram-se também pontos de coleta de medicamentos vencidos. A iniciativa firmada entre poder público e privado vem dando certo e, com a participação da população, o objetivo desta coleta está sendo conquistado.
As Secretarias Municipais de Saúde (SMS), Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) e a Empresa Sancristo Ambiental firmaram parceria para evitar o descarte irregular de medicamentos vencidos. Para isso, a Empresa disponibilizou displays para o depósito desses produtos em quase todas as unidades de saúde, enquanto as secretarias trabalharam na conscientização e divulgação do descarte correto.
A engenheira ambiental Nayara Gomes detalhou que, somente de julho de 2020 a janeiro deste ano, foram coletados 193,7 quilos destes medicamentos.
“Se considerarmos o curto tempo, o pouco peso desse tipo de resíduo e a circulação reduzida de pessoas por causa da pandemia, esta quantidade é muito satisfatória. A população tem colaborado bastante com esta conscientização”, explicou.
Todo este material é recolhido pela Empresa, incinerado e disposto em aterro específico. A Sancristo é responsável pelo recolhimento de todo o lixo hospitalar e do setor de saúde do Município. A fiscal orienta que, seja dispensado no display apenas o medicamento. Embalagens, caixas, cartelas ou frascos devem ser separados para a coleta seletiva.
RISCO DE CONTAMINAÇÃO
Nayara reforça que o medicamento vencido dispensado na natureza pode causar a contaminação o solo, meio ambiente e intoxicação à vida animal e humana.
“Quando alguém joga um remédio água abaixo na pia, o perigo é ainda maior, pois podem chegar em lençóis freáticos, córrego ou canal, trazendo sérios riscos à saúde. Continuamos contando com a participação dos três-lagoenses neste trabalho, em prol da saúde e meio ambiente em geral”, concluiu.