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O Prêmio Professores do Brasil, uma iniciativa do Governo Federal por meio do Ministério da Educação (MEC) e Secretária de Educação Básica (SEB), que ao longo das sucessivas edições foram premiadas diversas experiências bem sucedidas, criativas e inovadoras, desenvolvidas por professores da educação básica pública, está em sua 10ª edição e, neste ano, contou com uma professora representante de Três Lagoas na etapa estadual de Mato Grosso do Sul.
Seu nome é Sandra Inês, professora que leciona no 5º ano da Escola Municipal “Olyntho Mancini” e trabalhou o projeto “Minha Cultura: do tereré a Emanuel Marinho, orgulho de ser sul-mato-grossense” que garantiu o segundo lugar na etapa a qual competiram 77 cidades do Estado de Mato Grosso do Sul. “Apesar de não ter nenhuma premiação para essa etapa, me sinto adorável e muito feliz, pois isso confirma o reconhecimento do meu trabalho e dos alunos da nossa escola”, comenta a professora que já foi uma das campeãs do Prêmio Professor Destaque da Rede Municipal de Ensino (REME) de 2015.
Quem está orgulhosa do projeto não é apenas Inês, mas também a aluna Jeniffer Araújo de 11 anos de idade. “Foi muito legal participar do projeto, pois nele aprendi que o tereré traz diversos benefícios ao organismo. Além disso, achei muito legal ela ter sido reconhecida pelo seu trabalho, pois é algo difícil de acontecer”, comenta.
A aluna Gabriele Garcia, também de 11 anos de idade diz que gostou da ação e dos temas abordados. “Descobri que o tereré é bom para o organismo e que foi fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado e como a nossa professora sempre ensinou muito bem as disciplinas, então fico feliz de ela ter sido reconhecida nesse prêmio, afinal foi mais do que merecido”, diz.
O PROJETO
Segundo a autora, o tema “Erva Mate” é recorrente desde o ano passado e, por conta da vasta gama de assuntos a serem discutidos, se estendeu para esse ano. “A erva de tereré é o foco, pois foi um dos fatores colaboradores para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul após o término da Guerra do Paraguai, pois muitas famílias passaram a trabalhar com o cultivo. Além disso, em Ponta Porã teve uma das maiores fábricas de erva mate do país que foi a Matte Laranjeira”, explica.
Por conta dessa relação entre o tema e a cidade de Ponta Porã, que fica localizada ao sudoeste do Estado de MS, distante cerca de 340 quilômetros de Campo Grande, a professora tomou a iniciativa de possibilitar um intercâmbio entre os alunos participantes do projeto com os estudantes da Escola Municipal “São João”, de Ponta Porã por meio de correspondência. “Nas cartas, descreveram como é Três Lagoas e Ponta Porã, falando das características comuns, quais os pontos turísticos, quem gostava de tereré, quais sabores eles conheciam e com isso, além do didático, permitiu novas amizades”, enfatiza.
EMMANUEL MARINHO
Questionada sobre do porque da relação entre o tereré e o douradense Emmanuel Marinho, que é poeta, educador, teatrólogo e professor, Inês diz que o motivo é devido o autor gostar muito de tereré, algo expressado em diversas obras de sua autoria. “Então, unimos as duas coisas, ou seja, algo erudito, que é a poesia de Marinho e o popular que é o Tereré. Afinal, muitos têm o hábito de tomar o tereré, outros, ao menos, conhecem essa erva, mas poucos sabem a sua origem, muito menos os seus benefícios, não dando o devido valor para esse produto”, enfatiza.
O projeto, ainda segundo Inês, percorreu toda a história da erva do tereré, desde o seu surgimento, como era o cultivo, do desenvolvimento de Ponta Porã a partir da produção desse produto, passando pelos fatos e acontecimentos até chegar à atualidade, a qual há diversos sabores e variedade da erva mate.
MULTIDICIPLINAR
Quem também se sente orgulhoso do desempenho da professora e dos alunos é o diretor da Unidade Escolar, Jeferson Martins que destaca que o projeto tem um grande valor, pois é multidisciplinar. “Foram abrangidas diversas áreas de conhecimento, a matemática com gráficos e tabelas sobre a erva mate; português, com a escrita de cartas e leitura de poesias e outros trabalhos de Emmanuel Marinho; ciência, a partir do momento que viram que a erva mate é um alimento completo, contando com 96% de tudo que o nosso organismo precisa; na parte de história com o surgimento e desenvolvimento da erva em Ponta Porã e todo o progresso que trouxe para MS; geografia, pois utilizaram mapas no sentido de identificar a localização das cidades fronteiriças com Ponta Porã”, destaca.
“Fui reconhecida na etapa estadual do Projeto e, apesar dessa não ter nenhuma premiação e eu ter ficado em segundo lugar é uma grande honra ter o reconhecimento proveniente desse prêmio, pois pude competir com outros 77 municípios no Estado. Então, foi algo muito positivo. Além disso, nossa escola receberá uma placa de reconhecimento pelo projeto para marcar essa conquista”, comenta Inês.
Outro ponto muito interessante da realização de projetos como o da professora Sandra Inês é que, assim como ela mesma afirma, os alunos se sentem mais a vontade em explorar, além ainda de abrir diversas vertentes, expandindo o interesse pela pesquisa, incentivando a escrita, a leitura e a discussão. “O projeto é bom de ser trabalhado, pois permite explorar e explicar todas as matérias de forma mais lúdica e, mais que isso, incentiva a pesquisa extra sala de aula”, finaliza Inês com um belo sorriso no rosto que demonstra a satisfação de dever cumprindo, mas sempre pensando em melhorar para o próximo ano.
Diretoria de Comunicação