A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA), da Prefeitura de Três Lagoas, realizou na noite de ontem, quinta-feira (26), a audiência pública sobre algumas alterações das Unidades de Conservação do Município.
O evento aconteceu no plenário da Câmara Municipal, reunindo diversas autoridades, professores e alunos de cursos voltados às áreas ambientais, participantes do Projeto Ambiental Papa Óleo e comunidade em geral.
A audiência foi comandada pelo fiscal ambiental da SEMEA, Flávio Fardin, que explanou as alterações de denominação da Reserva Biológica das Capivaras e da área do Parque Natural Municipal do Pombo.
ÁREA MAIOR E INVESTIMENTOS PARA VISITAÇÃO
Conforme ele, o Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) exige audiência pública quando ocorrem mudanças de impacto, como essas. No caso do Parque do Pombo, foi necessário comunicar à sociedade a alteração da área, que em 2013 mais que dobrou o tamanho. Até este ano, o Parque contava com 3,3 mil hectares. A área foi ampliada em mais 4,8 mil, totalizando agora, mais de 8 mil hectares de área preservada. O Parque é cercada pelo Rio Pombo e Córrego Tapera e, atualmente, é o habitat de 127 espécies de aves e aproximadamente 50 espécies, entre anfíbios, répteis e mamíferos.
Além disso, está sendo construído no local, o Complexo Receptivo. Esta obra inclui casa de caseiro e suítes para equipe técnica dos órgãos ambientais e pesquisadores, galpão para equipamentos e o centro de acolhimento ao visitante, contando com anfiteatro e outras salas. Flávio explicou que este centro terá estrutura adequada para receber estudantes, pesquisadores e a sociedade como um todo. Toda obra é feita com recursos de compensação ambiental.
RESERVA BIOLÓGICA DAS CAPIVARAS
Já a Reserva Biológica das Capivaras (próxima a região conhecida como Cascalheira), passa a ser denominado Parque Natural Municipal das Capivaras. Com isso, o local pode receber recursos os quais podem ser investidos na área, em estruturas, trilhas e principalmente em ações de preservação ambiental.
“Esta é uma área de 70,7 hectares com uma vegetação privilegiada, com aproximadamente 90 tipos de plantas e árvores. Também catalogamos uma gama de 87 espécies de animais silvestres, sendo anfíbios, mamíferos e répteis”, completou o palestrante.
Flávio enfatizou que o trabalho realizado nestes locais é um compromisso do poder público com a ecologia da região. “Nem sempre damos o devido valor à riqueza natural que temos em Três Lagoas. Essas áreas de cerrado, com animais, plantas e recursos naturais precisam ser preservadas, respeitadas, reconhecidas e esses valores repassados às futuras gerações”, disse.
Ao final, os participantes interagiram com perguntas sobre o tema. Participaram da mesa de honra, o secretário municipal de governo, Daynler Martins Leonel, o vereador Celso Yamaguti, a biológa do IMASUL, Patrícia Corsini, fiscal do IMASUL, Randal Dutra, o subtenente da Polícia Militar Ambiental, Antônio Carlos da Silva, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Sergio Roberto Posso e o membro do Conselho do Parque do Pombo, Leandro Bortoli de Freitas.
Diretoria de Comunicação