Agentes Comunitários de Saúde (ACS), enfermeiras e enfermeiros das unidades de Atenção Primária de Saúde de Três Lagoas e equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) participaram de palestras de capacitação, no recinto do Plenário da Câmara Municipal, pela manhã e à tarde de quarta-feira (02).
Em mais esta ação de capacitação e atualização de conhecimentos, realizada em conjunto pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), foram abordados os seguintes temas: Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), mantido pela SMAS, por meio de equipes da Diretoria de Proteção Social Especial; e Combate à Violência Obstétrica, a cargo da enfermeira obstetra, Kaelly Virgínia Saraiva. Ela é professora da Faculdade de Medicina e da Faculdade de Enfermagem do Campus Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
“É uma ação conjunta da Assistência Social e da Saúde para atualização de conhecimentos, em atenção às orientações do Ministério Público do Trabalho (MPT), que recomenda que intensifiquemos as ações de orientação, prevenção e erradicação do Trabalho Infantil”, explicou a coordenadora do PETI, Aline Silva Pereira dos Santos Martins.
“Temos que estar sempre atentos para identificar e denunciar toda a forma de exploração de crianças e adolescentes”, ressaltou Aline.
Segundo define a Organização Internacional do Trabalho (OIT), “trabalho infantil é toda a forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima permitida pela legislação de cada País”.
No Brasil, o trabalho é proibido para quem ainda não completou 16 anos. A partir dos 14 anos, é permitido o trabalho, somente na “condição de aprendiz”.
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Quanto à temática do “Combate à Violência Obstétrica”, exposta pela enfermeira Kaelly da UFMS, “esta é uma importante iniciativa de atualização de conhecimentos, já que, ultimamente, “o assunto tem ocupado destaque nas mídias sociais”, comentou.
“O objetivo principal é a prevenção da violência obstétrica na Atenção Básica de Saúde para redução da mortalidade da mãe e do filho, ou seja, melhoria da qualidade dos serviços de Saúde que são prestados à mulher”, resumiu a professora da UFMS.
“Muita coisa pode ser feita já na Atenção Básica de Saúde, porque a violência obstétrica não acontece apenas nas Maternidades”, observou a palestrante.
“Esta é uma forma de violência praticada contra a mulher, a criança e a família durante o ciclo gravídico puerperal (gravidez, parto e pós-parto). A exemplo da violência doméstica que se pratica contra a mulher, a violência obstétrica pode ser física, psicológica, verbal e sexual”, explicou a enfermeira Kaelly.