É um projeto de parceria da Faculdade de Medicina da UFMS com a Secretaria Municipal de Assistência Social – SMAS
A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) de Três Lagoas, por meio da Diretoria de Proteção Social Especial e em parceria com os alunos do curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) iniciou nesta semana o “Projeto de Pesquisa em Medicina Social e Comunitária para Atenção à Saúde de Pessoas em Situação de Rua e Vulnerabilidade Social”.
O referido projeto, sob a coordenação e responsabilidade da professora e supervisora dos alunos, Kaelly Virgínia de Oliveira Saraiva, vem sendo executado no Centro POP – Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua e tem como público alvo a atenção às pessoas com dependência química, por meio de terapias alternativas.
As pessoas em situação de rua, “os moradores de rua”, como são popularmente chamados e identificados participaram desta iniciativa e demonstraram “boa aceitação”, como avaliou a professora Kaelly.
O Centro POP é uma unidade da SMAS de Três Lagoas, destinada ao atendimento de pessoas em situação de rua, que possuem, na sua maioria, características de rompimento de vínculos familiares, pobreza extrema e o uso da rua como moradia e também como meio de sustento.
PROPOSTA DO PROJETO
Os estudantes de Medicina do Campus Três Lagoas – CPTL da UFMS, com este trabalho a ser desenvolvido no Centro POP, têm como proposta investigar a trajetória de vida das pessoas até à situação atual na rua e as transformações sofridas por essas pessoas no decorrer deste processo.
Para tanto, como consta na proposta do referido projeto, serão identificados os fatores que as levaram à situação de rua e os condicionamentos de saúde e doença dessa população.
Como consequência, os estudantes de Medicina pretendem “analisar as condições epidemiológicas da população em situação de rua na cidade de Três Lagoas; levantar as principais demandas de saúde dessa população, considerando os aspectos biológicos, psíquicos e familiares, bem como suas subjetividades”, explicou a professora e supervisora Kaelly.
Por fim, “ao compreender as percepções de saúde e doenças destas pessoas”, o projeto dos alunos de Medicina da UFMS também pretende apresentar propostas “para aprimorar políticas públicas e fundamentar a atenção médica humanizada, voltada a essas pessoas”, comentou.