Enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti continua e população deve fazer também sua parte
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde e Saneamento, responsável pelo Setor de Vigilância Epidemiológica, informou que, no acumulado de 2018, foram notificados 1.156 casos suspeitos de dengue em Três Lagoas. Desse total, 289 foram confirmados como positivos e 760 já descartados como negativos. Os restantes sete dos casos notificados como suspeitos ainda aguardam resultado de exames laboratoriais.
Esses dados, segundo consta no SINAN Online – Sistema de Informação de Agravos de Notificação Online, se referem aos registros de casos de dengue, ocorridos até a 44ª Semana Epidemiológica, ou seja, até dia 08 de novembro.
Para comparar, em 2016, no total acumulado do ano, Três Lagoas registrou 1.455 casos notificados suspeitos de dengue. Desse total, 948 foram confirmados positivos e 507 foram descartados.
Já em 2017, no acumulado do ano, houve registro de 618 casos notificados como suspeitos de dengue e apenas 31 foram confirmados positivos e o restante (587 dos casos notificados) foi descartado como negativo.
ALERTA DO COMITÊ TÉCNICO
Na mais recente reunião mensal do Comitê Técnico da Dengue, constituído por coordenadores dos variados Setores da Diretoria de Vigilância em Saúde e Saneamento da SMS de Três Lagoas, ocorrida no dia 25 de outubro último, o coordenador do Setor de Endemias e Controle de Vetores e também presidente do Comitê, Alcides Divino Ferreira, alertava quanto ao perigo do surgimento de aumento de casos de dengue.
Ao avaliar dados de Boletins Epidemiológicos anteriores, Alcides comentou: “Tivemos resultados positivos na redução do número de notificações de casos suspeitos de dengue, nas últimas semanas de outubro. Por outro lado, estamos cientes do aumento dos índices de infestação do Aedes aegypti, que vem ocorrendo em Três Lagoas”.
Ao mostrar esses índices de infestação, o presidente do Comitê da Dengue deu como exemplo a captura de 26 fêmeas do mosquito Aedes em apenas uma das armadilhas do Sistema MI – Aedes (Monitoramento Inteligente), instalada em uma região do Bairro Vila Alegre.
“Temos também a suspeita do aumento considerável de focos de vetores em imóveis, propriedades, casas desabitadas, com placas de aluga-se ou vende-se. Infelizmente, nem sempre temos a colaboração da população”, relatou Alcides.
Na mesma reunião, o presidente do Comitê também alertou quanto ao alto índice de infestação do Aedes aegypti na região central urbana de Três Lagoas.
“Há tempos, nos preocupa a constatação dos elevados índices de infestação dos vetores (mosquitos) na área central do comércio de Três Lagoas. Precisamos discutir ações de enfrentamento a essa realidade, com a participação dos comerciantes e de toda a população”, anunciou o presidente do Comitê.