Com a falta de chuvas devido à estação do inverno, é muito comum aparecerem problemas respiratórios durante o tempo seco. A poeira acumulada no ar provoca coceiras no nariz, congestão nasal, espirro, coriza e tosse. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde esclarece à população os sintomas que podem ser parecidos, mas as patologias são diferentes, uma vez que as pessoas confundem uma crise de rinite alérgica, uma gripe ou um resfriado.
A coordenadora do departamento, Neide Yuki, explicou a diferença entre rinite alérgica, gripe e síndrome respiratória aguda grave.
No caso da rinite alérgica, Neide esclareceu que se trata de uma reação imunológica do corpo quando inala algum corpo estranho e é denominado de alérgenos, que pode ser comum os ácaros, polens, fungos, pelos de animais ou poeiras. “Devido as substâncias que o ar carrega, o nariz acaba sendo a porta de entrada desses corpos estranhos. O nariz tem a função de filtrar as impurezas, além de umidificar e aquecer o ar que vai chegar aos pulmões, mas nesse processo pode provocar a rinite alérgica”, explicou.
Outra patologia muito comum neste período é gripe que nada mais é uma infecção viral aguda por vírus pertencente à família influenza. Diferente de um resfriado comum é uma infecção mais grave, embora normalmente seja confundida com ele.
Já a gripe A ou H1N1, como também é conhecida, é uma doença aguda respiratória de alto contágio entre seres humanos e pode levar a um quadro de infecção respiratória grave, seja por sua ação direta ou pelas complicações que podem acarretar, em especial pneumonias.
“Esta gripe já matou milhares de pessoas em todo o mundo nos últimos anos. Embora casos esporádicos possam acontecer em qualquer época do ano, ela é mais comum nos períodos de clima frio”, explicou.
Neide também ressalta que os sintomas desta gripe são semelhantes aos da gripe comum: febre alta e tosse, mas em alguns casos também podem aparecer dor de cabeça e no corpo, garganta inflamada, artralgia, falta de ar, cansaço, perda de apetite, diarreia e vômitos.
Segundo o departamento de Vigilância em Saúde, até 11 de julho deste ano, Três Lagoas teve o registro de 20 casos notificados, sendo cinco casos positivos, três óbitos e 15 descartados.
E por fim, a síndrome respiratória aguda grave pode aparecer nas pessoas com qualquer idade e pode atender uma definição de caso de síndrome gripal e dispneia ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou sinais de desconforto respiratório.
AÇÕES E PREVENÇÃO CONTRA O H1N1
Após o surgimento da doença, a gripe não tem um tratamento específico, mas o essencial é tratar sintomaticamente a febre e as dores porventura existentes e cuidar da hidratação, ou seja, bebendo muita água. Além disso, recomenda-se repouso, atenção e tratamento das possíveis complicações.
“Hoje existem vacinas de vírus morto, mas essas vacinas devem ser repetidas periodicamente (em geral, anualmente), uma vez que os vírus sofrem frequentes mutações”, ressaltou Neide.
Além disso, o importante é evitar tomar medicamentos por conta própria e procura a unidade de saúde mais próxima de sua residência e receber uma consulta para receber a orientação médica na qual deverá recomendar a medicação ideal para o tratamento.
Porém, prevenir ainda continua sendo o melhor remédio para evitar qualquer complicação respiratória.
Confira as dicas:
ü Lavar sempre as mãos, principalmente após tossir e espirrar. Para lavar a mão, deve-se utilizar água e sabão ou, ainda, álcool 70%. Para utilizar o álcool, é importante não estar com as mãos visivelmente sujas;
ü Utilizar lenços descartáveis;
ü Deixar o ambiente sempre ventilado;
ü Cobrir boca e nariz sempre que espirrar ou tossir;
ü Não tocar na região dos olhos, nariz e boca sem que a mão esteja limpa;
ü Não compartilhar objetos de uso pessoal, como garrafas, copos e talheres;
ü Evitar contato com pessoa doente, evitando abraços, beijos e apertos de mão;
ü Evitar aglomerações em épocas em que o número de casos da doença for alto.
Assessoria de Comunicação