A farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas, lotada na unidade de Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde – EACS São Carlos, que atende provisoriamente no bairro Nova Três Lagoas, Vanessa Regiane Elias Halasi Moreira, começou a notar uma certa dificuldade todas as vezes que atendia a um idoso ou idosa, que procurava por medicamentos, de uso contínuo, prescritos pelos médicos.
Além de atender ao aviamento da receita médica, Vanessa precisava interromper constantemente seu serviço para “explicar detalhadamente e repetidamente ao idoso, como deveria tomar determinado medicamento, ou seja, horário, quantas vezes ao dia, dosagem e outras orientações”, contou Vanessa.
“As perguntas deles eram sempre as mesmas e demonstravam que precisavam de ajuda, todas as vezes que vinham com nova receita. Por isso, percebi que era urgente fazer alguma coisa prática e simples para ajudá-los a não se confundirem com tantos remédios”, observou a farmacêutica.
Como informou Vanessa, o número de medicamentos, tomados diariamente pelos idosos, varia de quatro até mais de 20 remédios diferentes e de uso contínuo. São medicamentos de controle da pressão arterial, diabetes, coração, depressão e outros.
“No começo, pensei até imprimir umas fichinhas coloridas, com explicações simples e horário em que o paciente deveria tomar o remédio. Mas logo conclui que seria mais complicado ainda para a pessoa ler, já que muitos têm problemas de visão e outros nem sabem ler corretamente”, comentou.
“A preocupação com essas pessoas e o que poderia ser feito para melhorar a vida delas passaram a me incomodar até que descobri um jeito simples, barato e prático de resolver isso”, contou.
CAIXINHA DE PAPELÃO
Foi desse jeito que a farmacêutica Vanessa criou a “caixinha de papelão, do tamanho de uma caixa de sapatos, que virou um separador de remédios”, mostrou.
Entre os idosos, atendidos na unidade de EACS São Carlos, na sua maioria são usuários do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV “Tia Nega”, mantido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS).
Além da caixinha de papelão com divisórias, de acordo com o número de medicamentos que cada paciente usa continuamente, Wanessa usa a forma de bolinhas coloridas e até desenhos específicos de comunicação visual para o paciente identificar horário e dosagem de cada remédio.
A iniciativa da farmacêutica Vanessa tem “todo o nosso apoio e incentivo e serve de exemplo a todos os servidores da SMS. É uma ideia simples, mas de extrema importância, porque a medicação correta é uma das principais preocupações dos nossos idosos e idosas”, comentou a secretária de Saúde, Angelina Zuque.
“O meu trabalho vem sendo também acompanhado e conta com o apoio das Agentes Comunitárias de Saúde, nas visitas que fazem periodicamente à casa dos nossos idosos”, completou Vanessa.
Diretoria de Comunicação