A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, em convênio com o Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS), desde 24 de janeiro de 2014, dispõe à população os múltiplos serviços de urgência e emergência da Unidade Pronto Atendimento (UPA) 24 horas.
Nos últimos três meses (maio, junho e julho), a média mensal de pacientes tem se mantido em quase 9 mil pessoas, que procuram a UPA, instalada em prédio próprio, na Rua Irmãos Spinelli, número 1.855, Vila Carioca, com toda a sua estrutura física de construção, apropriada para sua finalidade específica e modalidade de atendimento à saúde da população, com as características semelhantes a um mini hospital.
São 170 profissionais que prestam serviços à população, divididos em equipes de plantão, constituídas por quatro médicos, quatro enfermeiros, 11 técnicos de enfermagem, um Raio X e um técnico de laboratório, cinco farmacêuticos e um atendente de farmácia, incluindo toda a equipe administrativa, limpeza e segurança.
Desde o início, todo o custeio de funcionamento da UPA, incluindo o pagamento de salários de toda a equipe de servidores, foi mantido pela Prefeitura de Três Lagoas, que assumiu despesa mensal de quase R$ 1 milhão de recursos próprios.
Com a publicação da Portaria nº 1.410, de 3 de julho de 2014, o Ministério da Saúde estabeleceu recursos de R$ 175 mil de custeio mensal da “Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h, Porte II), localizada no Município de Três Lagoas (MS), componente do Bloco da Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar”.
Segundo consta no artigo 1° da referida Portaria, “ficam estabelecidos recursos para custeio de Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h, Porte II) no montante anual R$ 2.100.000,00 (dois milhões e cem mil reais), a serem incorporados ao Teto Financeiro Anual de Média e Alta Complexidade do Estado de Mato Grosso do Sul e do Município de Três Lagoas (MS), transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde em parcelas mensais de R$ 175.000,00 (cento e setenta e cinco mil reais).”
CAPACITADOS
“Todos os que aqui trabalham estão devidamente capacitados. Junto com os médicos, que atendem como clínicos, mas que possuem uma ou mais especialidades, todos os enfermeiros e enfermeiras são especialistas em urgência e emergência”, comentou o médico Antônio de Pádua Thiago, coordenador clínico.
São quatro médicos de plantão, que prestam atendimento à população que procura a UPA. Três deles atendem no setor ambulatorial e um deles é designado especificamente para atendimento nas salas de procedimentos de urgência e emergência, explicou Antônio Thiago.
“Possuímos toda uma estrutura física e profissional, com suporte de equipamentos, instalações e mobiliário, semelhantes a um mini hospital”, observou o coordenador geral da UPA, Gilmar Soares.
Ele citou como exemplo o aparelho de Raio X, modelo hospitalar; desfibrilador/cardioversor com monitor multiparâmetro e marca passo; detector de batimentos cardíacos fetais; eletrocardiógrafos de folha multicanal interpretativo e eletrocardiógrafo portátil; monitores cardíacos; os conjuntos ressuscitador manual/adulto e ressuscitador manual/pediátrico e neonatal e os de para nebulização contínua; carros de curativos, de emergência com tábua de massagem e suporte para soro; e as camas, modelo “Fowler”, com grades e cabeceira móvel, entre outros equipamentos e mobiliário específico.
ATENDIMENTO
A finalidade de toda a estrutura da UPA é o atendimento de urgência e emergência, “procurando melhorar sempre mais a qualidade dos serviços que prestamos à população”, comentou o coordenador geral.
A partir da recepção, todos os pacientes contam com uma equipe para organizar a triagem e a ordem de atendimento por classificação de risco, observando-se o quadro clínico apresentado.
“Adotamos o chamado Protocolo de Manchester, um procedimento já adotado na maioria das Unidades de Saúde de Três Lagoas, conhecido como classificação de risco e que possibilita um atendimento humanizado”, observou o médio Antônio Thiago.
Após uma triagem baseada nos sintomas, os pacientes são classificados e identificados por cores, que representam o nível de gravidade e o tempo de espera recomendado para o atendimento que eles precisam, independente da ordem de chegada à UPA.
Segundo o protocolo de acolhimento por classificação de risco, aos pacientes com patologias mais graves é atribuída a cor vermelha, e o atendimento deve ser imediato; os casos muito urgentes recebem a cor laranja, com um tempo de espera recomendado de 10 minutos; casos urgentes, com a cor amarela, têm um tempo de espera recomendado de 60 minutos. Os pacientes que recebem a cor verde ou azul são casos de menor gravidade (pouco ou não urgentes) que, como tal, devem ser atendidos no espaço de duas a quatro horas.
“Observando o atendimento por classificação de risco, em um dia de muito movimento de pessoas, o teto de limite de espera que tivemos foi de 2h40m”, informou Gilmar.
Mas, “no geral, estamos reduzindo, ao máximo o tempo de espera de atendimento, respeitando sempre a gravidade ou não do paciente”, assegurou o coordenador geral da UPA.
“Essa classificação de risco é realizada por profissionais habilitados, ou seja, um enfermeiro e um técnico de enfermagem. São eles que encaminham os pacientes, conforme o quadro clínico”, completou o médico Antônio Thiago.
Assessoria de Comunicação