A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realizou encontro de Atualização em Leishmaniose Visceral, no Recinto do Plenário da Câmara Municipal, na noite desta segunda-feira (2).
O encontro reuniu autoridades envolvidas na Saúde Pública e Medicina Veterinária de Três Lagoas, Campo Grande, Água Clara, Selvíria, Brasilândia, Bataguassu e de Andradina, vizinha cidade do estado de São Paulo.
A prefeita Marcia Moura (PMDB) se fez representar pela secretária de Saúde, Eliane Brilhante. Ela estava acompanhada do secretário de Finanças, Receita e Controle, Gilmar Meneguzzo, do coordenador do CCZ, médico veterinário, Antônio Luiz Teixeira Empke, e da diretora de Vigilância e Saneamento, Neide Hiroko Yuki.
Entre as autoridades que trocaram experiências de Atualização em Leishmaniose, estiveram: presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV/MS) João Vieira de Almeida Neto; gerente estadual de Zoonoses, da Secretaria de Estado da Saúde (SES/MS), Paulo Mira Batista; Procuradora do Município de Campo Grande, Viviane Mouro; diretora técnica do CCZ da Capital, Juliana Resende Araújo, junto com a médica veterinária do CCZ de Campo Grande, Yara Helena Domingos; e, representando o comando local da Polícia Militar Ambiental (PMA), soldado Aderildo Cunha.
Representando o Legislativo Municipal, estiveram presentes o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Aparecido Queiroz – Jorginho do Gás (PSDB), Antônio Luiz Teixeira (Tonhão) Empke Júnior (PMDB) e Beto Araújo (PSD).
SAÚDE PÚBLICA
“Na questão da Leishmaniose, todos temos que ser pudentes, humanistas e justos, na medida do possível. Não podemos esquecer que é uma séria questão de saúde pública, ou seja, que afeta a saúde dos animais e a saúde das pessoas”, observou o presidente do CRMV-MS, na abertura do evento.
“Como médicos veterinários, todos assumimos o dever da seriedade e responsabilidade de quem cuida da saúde das pessoas e da saúde dos animais”, ressaltou João Vieira Neto.
Por sua vez, a secretária de Saúde de Três Lagoas enfatizou a importância do trabalho em equipe na luta e prevenção de doenças, no caso, a Leishmaniose.
“Trabalhar em equipe é a palavra chave para obtenção de resultados positivos, junto à nossa população, quando queremos conseguir a participação de todos, principalmente em campanhas de Saúde”, destacou Eliane Brilhante.
A secretária de Saúde de Três Lagoas, ao elogiar a iniciativa do CCZ em promover este encontro, lembrou o ano de 2002, em que Três Lagoas viveu surto epidêmico de Leishmaniose, com o registro de 118 casos humanos da doença.
“Naquela época, era enfermeira do Hospital Auxiliadora, e me recordo que vivemos uma situação angustiante, porque era uma doença ainda desconhecida e de difícil diagnóstico. De lá para cá os índices da Leishmaniose caíram acentuadamente, mas em 2013 já tivemos um caso de uma pessoa que veio a óbito”, relatou Eliane Brilhante.
“Três Lagoas possui uma população de quase 110 mil habitantes, segundo o IBGE. No entanto, na Saúde, trabalhamos com 150 mil pessoas, devido ao alto número da população flutuante, na sua maioria trabalhadores, que exigem atenção especial”, comentou.
“Temos obrigação de alertar e orientar a população sobre o que é importante na prevenção da Leishmaniose. Esse trabalho vem sendo feito, com sucesso, graças ao trabalho dedicado das nossas equipes de Educação em Saúde, equipes de Combate às Endemias e Controle de Vetores e também das nossas equipes de Agentes Comunitários de Saúde”, reconheceu Eliane Brilhante.
EXPERIÊNCIA
A médica veterinária e técnica do CCZ do município de Campo Grande relatou as experiências da Capital nas ações de enfrentamento à Leishmaniose Visceral.
As maiores dificuldades, enfrentadas pela Saúde da Capital foi a borrifação residencial. “É uma doença recente, infelizmente presente em 12 países da América Latina e 905 dos casos da doença são registrados no Brasil”, contou Yara Domingos.
Para obtenção de resultados satisfatórios no enfrentamento à Leishmaniose Visceral, há necessidade de se estabelecer quatro importantes frentes de combate à doença: o Vetor (mosquito flebótamo), o homem, os reservatórios domésticos e o meio ambiente.
“Só trabalhando com a mesma intensidade nestas quatro frentes, conseguiremos conter o avanço da Leishmaniose”, recomendou a médica veterinária, com mais de 15 anos de vasta experiência na Saúde Pública de Campo Grande.
Assessoria de Comunicação