A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde e Saneamento, informou a existência de dois novos casos de Leishmaniose Humana no Município. Um rapaz de 16 anos, do Bairro Alvorada, e um homem de 43 anos no Alto da Boa Vista ou Novo Ipanema. Os dois encontram-se fora de perigo e em tratamento.
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Segundo a diretora de Vigilância em Saúde e Saneamento, Georgia Medeiros de Castro, “já colocamos as armadilhas para o flebótomo, mosquito transmissor, nos arredores em que o rapaz de 16 anos mora e agora colocaremos onde o homem de 43 anos habitou para sabermos qual dos dois bairros é o local provável de infecção, já que ele mudou duas vezes recentemente, mas fecharemos o relatório apenas com uma localidade”, disse.
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As armadilhas serão colocadas por três dias consecutivos (montadas a noite e retiradas pela manhã) para em laboratório averiguar se há a existência do mosquito flebótomo.
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Até o momento foram três casos confirmados, sendo um óbito. O primeiro ocorreu em abril e se tratava de um homem de 53 anos morador do bairro Santa Julia, que veio a óbito em razão de comorbidades diagnosticadas junto com a doença, informou a coordenadora.
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“Não há necessidade de alarde da população, mas sim reforço do manejo ambiental (limpeza e manutenção de quintais) nas residências e prevenção”, afirmou Georgia.
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AÇÃO
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Segundo a coordenadora, um fluxo de trabalho é montado a partir do momento que identificamos um paciente com leishmaniose. A primeira ação acontece na Vigilância Epidemiológica, onde é feita toda a investigação do paciente e possível local de onde ocorreu a infecção, fazendo várias perguntas tais como: se viajou, quais as localidades que passou, entre outras. “Terminando a investigação ela fecha com o bairro ou bairros possíveis de fonte de infecção”, disse Geórgia.
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“São vários setores interagindo. A Vigilância Epidemiológica com a investigação, Entomologia com armadilhas e monitoramento do vetor. Centro Controle de Zoonoses (CCZ) coleta de cães para exames de Leshimaniose para a realização do exame de teste rápido e Elisa. Setor de Endemias realiza o manejo ambiental e as borrifações, além da parceria do laboratório que processa os exames”, explicou a coordenadora.
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Segundo o coordenador do CCZ, médico veterinário Hugo Nogueira Faria, somente na sexta-feira (20), 46 amostras de sangue foram coletadas de animais das redondezas onde foram notificados os casos para análise.
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“Se os cães forem diagnosticados com leishmaniose, os donos são orientados a procurar um tratamento eficaz com um veterinário de confiança e, claro, com a responsabilidade de realizar o tratamento. Caso o dono opte pela eutanásia o mesmo deve levar o animal até o CCZ para os devidos procedimentos”, explicou o médico veterinário.
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Para Geórgia, “é importante manter os quintais livres de entulhos, matéria orgânica e folhas, porque isso evita a proliferação do mosquito flebótomo. Precisamos conter o vetor e fazemos isso impedindo os mosquitos de colocarem seus ovos e, com isso, evitando a reprodução”, disse.
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“A posse responsável de cães também é muito importante, como o uso da coleira repelente para o mosquito flebótomo ou o repelente citronela, medidas preventivas que, somadas as ações de limpeza dos quintais dão grande garantia de que o animal não será infectado”, finalizou a diretora.
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