De 21 a 25 de março será realizada a Semana Nacional de Mobilização contra a Tuberculose. Em Três Lagoas, o Programa Municipal de Controle de Tuberculose tem suas ações e serviços descentralizados para as Unidades de Estratégia Saúde da Família e Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde.
Por este motivo, o lema proposto pelo Programa Municipal de Controle de Tuberculose, da Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas, para desenvolver na Semana Nacional de Mobilização Contra a Tuberculose é Tuberculose o tratamento, bem feito, cura!
A partir de janeiro de 2010, todos os municípios sul-mato-grossenses receberam o novo medicamento contra a Tb, denominado dose fixa combinada ou 4:1, que apresenta no mesmo comprimido quatro antibióticos para uso durante os dois primeiros meses da doença, em indivíduos com 10 anos ou mais. Esta nova apresentação dos medicamentos para o tratamento da Tuberculose tem o propósito de diminuir o número de comprimidos e de aumentar a adesão dos pacientes além de reduzir o risco de desenvolvimento de resistência medicamentosa.
Em Mato Grosso do Sul são registrados mil casos/ano da doença e 50 óbitos/ano em consequência dela, o que evidencia uma doença que requer prioridade, pois continua desafiando a capacidade de controle dos serviços. É importante ressaltar que o tratamento está disponível na rede do SUS, que todos os municípios possuem capacidade laboratorial para realizar o diagnóstico, além de dispor de profissionais treinados e com conhecimento sobre a forma de acompanhamento do tratamento e as medidas de controle e prevenção necessárias.
Em Três Lagoas, foram registrados 24 casos novos em 2010, com uma incidência de 23,5 por 100 mil habitantes, considerada média pelos parâmetros do Ministério da Saúde. Foram 20 casos de TBPBK(+) Tuberculose Pulmonar com baciloscopia de escarro positiva, dois casos TBPBK(Neg.) e dois casos de TB Extra-pulmonar, ocorrendo 16 casos no sexo masculino e oito no feminino.
Em 2010, o índice de abandono de tratamento foi de 4% (uma pessoa dentre as 24 notificadas, moradora de rua), índice considerado aceitável pelos padrões do Ministério da Saúde.
Já o índice de cura foi de 90%, considerado ótimo pelos padrões do Ministério da Saúde e os bairros com maior incidência de casos foram: Vila Haro, Paranapungá e Bela Vista, com dois casos clínicos encontrados residentes em cada um desses bairros.
Porém, com a análise de uma série histórica (1999 a 2010), os bairros com maior número de casos foram: Interlagos (28), Vila Nova (26), Vilas Piloto I a V (19), Paranapungá (18), São Carlos (16), Vila Alegre e Santa Terezinha (15) e Santa Rita (14).
Vale ressaltar também, que nesse período, 27 casos foram notificados no Sistema Prisional (Presídio Masculino -23- e Semi-Aberto -4-, sendo o ano de 2005 o ano em que mais encontramos casos, 12 no Presídio de Segurança Média.
Tuberculose
A Tuberculose mata mais que a Dengue, mata mais que a Gripe, mas não amedronta a população, em função do desconhecimento do número de casos e do número de óbitos que ocorrem anualmente decorrentes dessa doença.
O Dia Mundial da Tuberculose foi lançado em 1982 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares. Esta data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da Tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch. Foi um grande passo na luta pelo controle e eliminação da doença que deve ser lembrada nos dias atuais, por persistir no mundo, causando anualmente 9,2 milhões de doentes (22 mil por dia) e 1,7 milhões de mortes (200 mil por TB/HIV).
Sintomas
O principal sintoma é a tosse com expectoração que se prolonga por mais de duas semanas, emagrecimento, cansaço, febre baixa no final do dia, suor à noite. Considerando que aproximadamente 90% das formas de apresentação da doença são da forma clínica pulmonar, para o diagnóstico é fundamental o exame de escarro com duas amostras.
A Tuberculose é considerada doença grave
O tratamento quimioprofilático da tuberculose teve início em 1940, fato este que levou as autoridades de saúde a acreditarem na sua eliminação enquanto problema de saúde pública. No entanto, apesar dos avanços tecnológicos no diagnóstico, descoberta e uso de novos medicamentos, a doença ainda requer um tratamento prolongado (seis meses) e com vários antibióticos.
Este fato mostra que a Tuberculose não é uma doença simples, em função de que continua ceifando vidas de pessoas jovens, na fase mais produtiva do indivíduo. E quando o diagnóstico é feito tardiamente ou quando o indivíduo não aceita o tratamento ou toma de forma incorreta ou por tempo insuficiente, a Tuberculose pode deixar marcas em seu pulmão (sequelas) que vão comprometer a qualidade de vida desse indivíduo.
Os doentes precisam saber que, para alcançar a cura, é necessário tratar da doença por pelo menos seis meses, diariamente e com os medicamentos prescritos pelo médico.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO