Na próxima segunda-feira (30), o Programa Municipal DST/AIDS da Secretaria de Saúde de Três Lagoas inicia suas atividades para comemorar o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro. Neste ano, o enfoque da campanha é o Acesso Universal e Direitos Humanos. A escolha do tema foi baseada na necessidade de proteger os direitos humanos e possibilitar o acesso de todos à prevenção, tratamento, cuidados e apoio aos portadores de HIV.
Em Três Lagoas, de acordo com a coordenadora do Programa DST/AIDS, Alexandra Nunes de Souza, o lema da campanha neste ano é Dê um beijo. Vale à pena.
Programação
A equipe do Programa e mais oito atores do Grupo de Teatro Identidade/UFMS irão percorrer na segunda-feira as unidades de saúde do município para fazer abordagem individual com a população sobre a discriminação dos pacientes com HIV/AIDS. Trata-se do Projeto Sombras/Clow, do Grupo de Teatro Identidade, em que os atores usam de simpatia e brincadeiras para falar com as pessoas sobre este assunto tão sério. É uma forma de desinibir as pessoas para tratar do preconceito de pacientes com a doença, explicou Alexandra.
Durante a visita às unidades de saúde também serão distribuídos preservativos e materiais informativos.
Já na terça-feira (1º), na parte da manhã, a equipe do Programa Municipal e parceiros farão a distribuição de preservativos e folhetos informativos em sinaleiros da cidade, nos seguintes locais: Avenida Olinto Mancini com a Filinto Muller, Avenida Ranulpho Marques Leal com a Rua Egídio Thomé, e na Avenida Rosário Congro, em frente ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.
Ainda de manhã, a equipe do DST/AIDS fará uma visita à Prefeitura com dois atores do Grupo Identidade.
Já na parte da tarde é a vez do comércio da cidade receber a visita da equipe do Programa, com distribuição de preservativos, material informativo e abordagem sobre o assunto DST/AIDS.
Conforme Alexandra Nunes, as ações em comemoração ao Dia Mundial de Luta contra AIDS contam com os seguintes parceiros: Prefeitura, ONG Gae Vida, Rotaract, UFMS, Grupo Espírita A Candeia e voluntários.
Situação em Três Lagoas
O Programa Municipal atende 231 pacientes portadores de HIV/AIDS. No ano de 2009 tivemos 46 novos casos, 24 mulheres e 22 homens. O preconceito contra o paciente portador de HIV/AIDS ainda é muito grande, revelou Alexandra.
Segundo a coordenadora, a tendência da epidemia em nossa região segue a tendência nacional: heterossexualização, feminização, pauperização e interiorização.
Três Lagoas apresentou uma taxa de em incidência para AIDS de 11,32% (para 100.000 hab. 1984-2007 – Boletim Epidemiológico AIDS/Programa Estadual de DST/AIDS/MS Dez.2007 nº 03). De acordo com Alexandra, esta taxa apresenta-se abaixo da media nacional, que é de 17,1% para mil habitantes.
A faixa etária mais acometida gira em torno de 30 a 40 anos. Quanto ao sexo, o masculino ainda se sobressai ao feminino. A categoria de exposição mais frequente é a heterossexual de parceiro fixo. Em média são cinco gestantes com HIV que fazem acompanhamento em nosso ambulatório, informou a coordenadora.
Em 2009, houve dez óbitos, sendo oito pacientes com mais de dez anos em tratamento, e dois com diagnóstico tardio.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO