O que é essa ação?

É um estudo promovido pela Prefeitura de Três Lagoas, Secretaria de Estado de Saúde (SED) e Ministério da Saúde que visa avaliar a efetividade das coleiras impregnadas com deltametrina 4% no combate à Leishmaniose canina.

A iniciativa é do Ministério da Saúde, que firmou convênio com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para tentar chegar à uma solução prática de combate e controle da Leishmaniose no Brasil.

MONITORAMENTO PRÉVIO

O Setor de Entomologia da SMS, em parceria com o Núcleo Regional e Estadual de Entomologia, bem como o Gerencia Técnica Estadual de Leishmaniose e Setor de Entomologia Nacional, vem realizando no Bairro Vila Alegre, um dos três que vai receber o Encoleira Cão, um estudo há mais de 1 ano que visa monitorar, por meio de armadilhas CDCs, os locais, tipos, sazonalidades e distribuição dos mosquitos naquela região.

Desse modo, o bairro foi dividido em duas regiões, uma de controle e outra de intervenção, onde 10 casas em cada região (somando 20 no total) foram selecionadas para receberem a instalação das armadilhas.

A coordenadora de entomologia da SMS, Georgia Medeiros, explica que “esse levantamento é uma ferramenta que ajudará obter informações sobre a dispersão do vetor da leishmaniose, após o encoleiramento”, disse.

Ela ressalta ainda que, após o encoleiramento dos cães da região de intervenção, o monitoramento continuará mensalmente. “Com isso, tomando por base os dados anteriores, bem como a coleta de novos dados nas duas regiões, será possível entender se as coleiras afastam os flebótomos (Lutzomya longipalpis), se fazem eles migrarem de região ou mesmo, se não há mudança do cenário local”, disse.

NÚMEROS DA AÇÃO

COLEIRAS DISTRIBUIDAS

595

CÃES PROTEGIDOS

595

TUTORES ORIENTADOS

664

Esses dados serão atualizados mensalmente.

Etapas Iniciais do Processo

1º Momento

Todos os animais das regiões selecionadas terão amostras de sangue coletadas para exame, a fim de diagnosticar se o cão é portador ou não da Leishmaniose. Nesse mesmo momento, o animal recebe a coleira e o tutor, todas as orientações necessárias, juntamente a este folder que também funciona como Carteirinha de Registro do estudo.

2º Momento

Após 6 meses da primeira visita, já com o exame do animal em mãos, os agentes farão a troca da coleira apenas dos animais que testaram negativo para a doença. Aqueles que testaram positivo, não receberão mais a coleira e são retirados do estudo. Após isso, haverá visitas a cada 6 meses da anterior.

tEM DÚVIDA?

Em caso de dúvidas ou se precisar de ajuda, fale com o Centro de Controle de Zoonoses

(67) 3929-1803

Regiões Abrangidas

SANTA JÚLIA

Essa região tem cerca de 110 cães de acordo com o censo de 2021 e já contabilizou 4 casos (sendo 1 recidivo) de leishmaniose humana nos últimos 5 anos.

VILA ALEGRE

Essa região tem cerca de 366 cães de acordo com o censo de 2021 e já contabilizou 2 casos de leishmaniose humana nos últimos 5 anos.

SANTA RITA

Essa região tem cerca de 511 cães, de acordo com o censo de 2021 e já contabilizou 2 casos de leishmaniose humana nos últimos 5 anos.

COMO SERÃO AS VISITAS DOS AGENTES?

Os moradores dos imóveis selecionados terão que assinar um termo de comprometimento para participar e aquele que optar pela não participação, assina o termo de recusa e ciência.

Nos demais bairros, o estudo não será realizado por questão de logística e recursos humanos, sendo que a análise em uma região é o suficiente para gerar dados confiáveis.

Como dito, a pesquisa será dividida em 8 ciclos semestrais, de acordo com a ordem abaixo:

1ª VISITA

Visita inicial

O agente fará a coleta do sangue do animal, esse será analisado em laboratório para detectar presença de leishmaniose. O animal recebe a 1ª coleira.

2ª VISITA

Após 6 meses da anterior

Em posse o resultado da análise do sangue coletado na visita anteior, o agente fará a troca da coleira apenas do animal que testou negativo.

3ª VISITA

Após 6 meses da anteior

O agente fará a coleta do sangue do animal, esse será analisado em laboratório para detectar presença de leishmaniose. O animal recebe uma nova coleira.

4ª VISITA

Após 6 meses da anterior

Em posse o resultado da análise do sangue coletado na visita anterior, o agente fará a troca da coleira apenas do animal que testou negativo.

5ª VISITA

Após 6 meses da anteior

O agente fará a coleta do sangue do animal, esse será analisado em laboratório para detectar presença de leishmaniose. O animal recebe uma nova coleira.

6ª VISITA

Após 6 meses da anterior

Em posse o resultado da análise do sangue coletado na visita anteior, o agente fará a troca da coleira apenas do animal que testou negativo.

7ª VISITA

Após 6 meses da anteior

O agente fará a coleta do sangue do animal, esse será analisado em laboratório para detectar presença de leishmaniose. O animal recebe uma nova coleira.

8ª VISITA

Fim do ciclo do estudo

Esse é o ciclo final. A partir daqui o animal não recebe mais coleira, mas tem o resultado do seu exame divulgado. Com o fim do estudo, serão apresentados os resultados. 

A culpa não é do animal

É necessário destacar que o animal não é o transmissor da doença diretamente para o ser humano e, sim, o mosquito flebotomíneo, popularmente conhecido por mosquito palha, que ao se alimentar do sangue do animal e, depois, picar o ser humano, faz a transmissão do protozoário da leishmaniose.

Por isso, é tão importante cuidar da saúde do animal, tanto pelo bem do próprio pet, quanto para a saúde pública. A coleira evita que o mosquito venha a se alimentar do sangue do animal e, com isso, corta o ciclo de transmissão da leishmaniose visceral.

PROTEGER O SEU PET É PROTEGER A SUA FAMÍLIA.

CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE TER COM A COLEIRA DO SEU PET

> Não utilizar a coleira em animais que tenham hipersensibilidade, principalmente se tiver alergias já reconhecidas à deltametrina.

> Não utilizar a coleira em animais que tenham lesões de pele extensas;

> O uso da coleira é exclusivamente para cães;

> Ao manipular a coleira impregnada com inseticida evite o contato com as mucosas. Se ocorrer, lave o local afetado com água e sabão;

> NÃO há contraindicação de uso para cadelas gestantes ou em lactação;

> NÃO é necessário retirá-la durante o banho. Além disso, respeite o tempo de uso da coleira.

> Reações alérgicas prolongadas (mais de 48h) ou mudança de comportamento do animal após o encoleiramento, devem ser notificadas imediatamente.

> Ao colocar a coleira é necessário deixar dois dedos de folga entre o acessório e o pescoço do animal, pois conforme ela se movimenta, seu princípio ativo é liberado.

> Aguardar o animal atingir a idade mínima de 3 meses para fazer o encoleiramento.

> Evitar sobras muito grandes da coleira para não facilitar o animal morder.

VOCÊ SABE O QUE É LEISHMANIOSE?

Doença infecciosa, mas não contagiosa. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo.

A leishmaniose tegumentar americanada, também conhecida como “ferida brava”, se caracteriza por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta.

Já a leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Crianças de até dez anos e idosos são mais sensíveis para a doença, mas pode acometer qualquer pessoa, independente de faixa etária. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.

As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.

Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.

- Leishmaniose visceral: febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

- Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

- Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;

- Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde;

- Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;

- Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença;

- Usar mosquiteiros para dormir;

- Usar telas protetoras em janelas e portas;

- Caso o tutor não opte por realizar o tratamento particular contra a doença, o recomendado é realizar a eutanásia do animal.

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.

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